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Alimentos na geladeira (Foto: Divulgação)

 

Após o anúncio da China de que encontrou Covid-19 em uma carga de frango brasileira e de camarões do Equador, muitos consumidores ficaram com dúvidas sobre a segurança dos alimentos. Mas, segundo especialistas, não há motivo para se preocupar.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou que é “altamente improvável que as pessoas contraiam a Covid-19 em alimentos ou embalagens”, já que trata-se de uma “uma doença respiratória e a principal via de transmissão é através do contato pessoa a pessoa e através do contato direto com gotículas respiratórias geradas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra”.

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Em vídeo publicado nas redes sociais, o biólogo e doutor em Ciências, Atila Iamarino, explicou que não existem registros de pessoas que tenham contraído o coronavírus por meio da comida.

“A comida que a gente come, depois que ela é preparada, é bastante segura. A gente nunca viu isso ser transmitido dessa forma. Mas, as superfícies das embalagens podem estar contaminadas”, observa o pesquisador.

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No caso das amostras encontradas na China, o biólogo chama atenção para dois pontos. “O que eles estão detectando é o material genético do vírus, não quer dizer que tem vírus capaz de infectar as pessoas. Isso a gente não tem como diferenciar porque não há ninguém testando para ver se o vírus encontrado ali realmente infecta as pessoas. É uma precaução”, explica.

O segundo aspecto citado por Iamarino é sobre como o vírus permaneceu ativo por tanto tempo. “Se você refrigera ou congela (a embalagem), o vírus pode durar bastante tempo. É assim que ele está sendo transportado até lá. Mas não quer dizer que ele está presente na comida, necessariamente, ou que o frango tinha coronavírus. O que quer dizer é que quem manipulou essa embalagem nos frigoríficos aqui no Brasil estava com o vírus, tossindo ou espirrando”, afirmou.

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Há vários fatores que tornam a transmissão do vírus SARS-CoV-2 mais improvável pelos alimentos, mesmo que esteja presente na comida ou na água usada para o seu preparo. Entre elas, estão lavar bem as mãos, limpar utensílios e superfíceis e cozinhar em altas temperaturas.

A infectologista Tânia Vergara, da Sociedade Brasileira de Infectologia, enfatiza a necessidade de higienização dos alimentos e não recomenda o consumo de alimentos crus, embora não existam registros de casos de contaminação do coronavírus pelos alimentos, mas por uma questão de contato com superfícies contaminadas.

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“O problema não é apenas a ingestão, porque a pessoa que manipula uma embalagem contaminada, pode passar a mão no olho ou na boca, porque a pessoa se contamina em outras superfícies. Por isso que a gente manda lavar a mão sempre, usar a máscara. Tem que ter cuidado o tempo todo, principalmente quem trabalha com manipulação de alimentos”, salienta.

Além disso, segundo Tânia, ainda que os funcionários que manipularam as embalagens tenham testado negativo para Covid-19, não significa que não tenham tido a doença na época e já estejam curadas.
Source: Rural

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