Skip to main content

Imagens divulgadas pelo Senasa mostram insetos combatidos. (Foto: Divulgação/Senasa Argentina)

 

Uma operação de combate aos gafanhotos realizada no sábado (25/07) teria eliminado até 85% da nuvem formada pelos insetos, informou neste domingo o Serviço de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa). Em uma rede social, o órgão divulgou vídeos em que um avião faz a aplicação de veneno contra a praga e algumas fotos dos gafanhotos mortos.

 

  

Os técnicos do Serviço argentino vêm monitorando o comportamento e deslocamento dos insetos há um mês pelo menos. A ação deste sábado foi realizada em Federación, província de Entre Rios, próxima à fronteira com o Uruguai, e contou com a ajuda de produtores da região. A nuvem de gafanhotos pousou em áreas de pomares e florestas comerciais de eucalipto na última terça-feira (21/07). No dia seguinte, uma operação de avião foi cancelada em cima da hora devido a um nevoeiro.

Produtores, então, usaram equipamentos acoplados a tratores para pulverizar agrotóxicos contra os gafanhotos. "Alguns  sempre permanecem, mas vamos continuar o controle em caso de detecção”, disse o chefe do Programa Nacional de Gafanhotos e Ticuras das Argentina, Hector Medina ao Sindag, sindicato da empresas de aviação agrícola do Brasil.

A nuvem chegou a Federación na terça (21). Na quarta uma operação aérea contra os insetos foi abortada na última hora, devido ao nevoeiro. Já na quinta, depois da pulverização aérea ter sido novamente cancelada na última hora, produtores do município entraram em ação com seus equipamentos – pulverizadores tipo turbina, acoplados em tratores.

Desde o fim de junho uma força-tarefa entre entes públicos e privados vêm monitorando a viagem dos gafanhotos. Os insetos, originários de regiões isoladas da Argentina e do Paraguai, se deslocam em dias quentes e a última nuvem localizada estaria ocupando uma área de 380 hectares.

Da espécie sul-americano (Schistocerca cancellata), os gafanhotos se multiplicam com facilidade e fêmeas adultas são capazes de botar até 120 ovos em locais de pouso.

O entomologista da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Jerson Guedes, explica que o primeiro registro de nuvens de gafanhotos desta espécia na América do Sul foi registrada nas décadas de 1940 e 1950. Em um desses eventos, os insetos chegaram a cruzar a fronteira com o Brasil e invadir o Estado de São Paulo. O episódio foi na mesma época de agora e a rota dos insetos da época também é semelhante com a atual.

Confira abaixo a entrevista completa com o entomologista da UFSM. 

 

 

 

 

 
Source: Rural

Leave a Reply