Skip to main content

(Foto: Reprodução/Facebook)

 

O presidente da República, Jair Bolsonaro, atribuiu aos povos que vivem na Amazônia a culpa pelas queimadas que têm se alastrado na região. “O indígena, que é o nativo, o caboclo, o ribeirinho, ele faz constantemente isso”, afirmou, em live nas redes sociais na noite de quinta-feira (16/7).

Infectado pela Covid-19, o presidente lamentou não poder estar ao lado do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para conduzir assuntos como desmatamentos e queimadas na Amazônia. Também disse que o Brasil, atualmente, está abaixo da média de queimadas registradas nos últimos anos.

saiba mais

Governo anuncia reestruturação no INPE em meio ao aumento do desmatamento na Amazônia

 

Bolsonaro defendeu que a preocupação com o bioma advém da pressão dos europeus, no que definiu como “seita ambiental”, e falou que a imprensa aproveita a ocasião para criticar o governo. “Não é que a gente está bem, tem coisa para fazer, mas não é esse trauma todo, essa celeuma toda que fazem contra o Brasil nessa questão”, disse.

Ao se referir aos alertas de calor registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o presidente afirmou que isso é algo que “não vai acabar nunca”. Em outro momento, Bolsonaro afirmou que “90% dos focos de calor já são em áreas desmatadas, não é novo incêndio não". E completou: "5% em terras indígenas, é o índio que faz isso aí”.

saiba mais

Câmara dos Deputados aprova Protocolo de Nagoia sobre recursos da biodiversidade

 

Proibição das queimadas por 120 dias

Nesta semana, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, anunciou que o presidente deve assinar um decreto proibindo as queimadas em todo o Brasil por 120 dias. Durante a live, Bolsonaro afirmou que ainda não assinou o documento e relacionou as queimadas à condição do cultivo agrícola.

“Esse pequeno homem que está lá no interiorzão desse Brasil, ele vai ter acesso ao decreto? Como é que ele vai cultivar alguma coisa? Se ele não cultivar neste ano, não tem o que comer ano que vem”, sugeriu, dizendo que é preciso resolver esta questão para que o país não continue sendo prejudicado “pelo que está dando certo no Brasil, que é o agronegócio”.

saiba mais

Ex-ministros da Fazenda e presidentes do Banco Central assinam carta por economia de baixo carbono

 

Regularização fundiária

Bolsonaro ainda classificou como perda o fato de a Medida Provisória 910, que trata da regularização fundiária, ter caducado. Para ele, a falta de cumprimento ao prazo se deu porque a presença da esquerda é muito forte, em referência aos partidos PT, PCdoB e PSOL.

“Hoje, tem terra que o cara tá lá, ele sabe que tá lá, todo ano ele pratica queimadas, sabemos disso. Se é legal ou ilegal, nós não sabemos, muitas vezes não tem como saber. A medida provisória caducou porque a esquerda ainda tem uma força muito grande dentro do parlamento. E digo mais: ela caducou porque faltou entrar em votação. Se tivesse entrado em votação, teria sido aprovada”, declarou.

O presidente ainda mencionou que aprovação da medida possibilitaria a identificação, por meio de satélites, das queimadas ilegais e, assim, permitiria aplicar as punições. Após perder validade, a MP da regularização fundiária se tornou o projeto de lei 2633/20, que tramite no Congresso desde maio.

saiba mais

Debate sobre sustentabilidade no campo deve crescer após Covid-19, diz Tereza Cristina

Aplicativo permite denúncias de crimes ambientais na Amazônia

 
Source: Rural

Leave a Reply