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Dados sobre desmatamento na Amazônia indicam aumento (Foto: Reprodução/ TV Globo)

 

Em meio ao aumento do desmatamento na Amazônia pelo 14º mês consecutivo, o Ministério da Ciência e Tecnologia anunciou, na tarde desta terça-feira (14/7), uma reestruturação no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

As áreas em contato direto com o diretor interino do órgão, Darcton Damião, passam de 15 para oito: Gestão de Projetos e Inovação Tecnológica; Ciências da Terra; Infraestrutura e Pesquisa Aplicada; Engenharia Tecnológica e Ciências Espaciais; Assessoria Normativa e Documental; Ensino, Pesquisa e Extensão; além do gabinete e da vice diretoria.

“A ideia dessa reestruturação das unidades vinculadas é melhorar a gestão de recursos e pessoas, a eficiência em termos de execução e construção de projetos e o orçamento de pesquisas e de desenvolvimento nas unidades desses projetos”, afirmou o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.

Para Pontes, o objetivo central é trazer mais eficiência à estrutura do órgão governamental. "Além de melhorar a nossa eficiência em termos de estrutura e com projetos estratégicos, a gente tem uma ampliação das funções do INPE", declarou o ministro.

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No novo modelo, três áreas importantes, o Centro de Sistemas Terrestres, o Centro de Tempo e Clima e a Observação da Terra (responsável por atualizar os dados de desmatamento) passam a ser Ciências da Terra, com Gilvan Oliveira no comando. Ele era coordenador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

O ministro aproveitou a oportunidade para esclarecer que a demissão de Lúbia Vinhas, então coordenadora-geral de Observação da Terra do INPE, publicada nesta segunda-feira (13/7) no Diário Oficial da União, foi um “mal entendido”.

"Basicamente, é um mal entendido. Talvez eu tivesse que ter prestado atenção no momento. Todos esses processos administrativos vêm para cá, e a gente assina uma série deles, e eu acabei não prestando a atenção nesse item", admitiu Pontes. “Ela não foi demitida, mas transferida para uma outra função estratégica”, completou.

Vinhas assume o controle da Base de Informações Georreferenciados, um dos quatro projetos considerados estratégicos sob a Coordenadoria de Gestão de Projetos e Inovação Tecnológica, que, por sua vez, terá Mônica Oliveira no cargo.

Os outros três projetos são o monitoramento de biomas como a Amazônia, o Cerrado e a Caatinga através do Deter, Prodes e Terraclass; o Adapta Brasil, que cuida de adaptações de impactos e vulnerabilidades climáticas no longo prazo; e, por fim, o monitoramento de queimadas.

Deter Intenso

O diretor interino do INPE, Darcton Damião, anunciou, também, a delimitação de quatro áreas com maior incidência de desmatamento na Amazônia através satélites para o “Deter Intenso”, estratégia para aumentar a frequência de monitoramento com mais satélites, implantação de algoritmos para priorização da fiscalização e a recuperação de informações cadastrais das áreas desmatadas.

“O satélite tem uma varredura de 850 km e leva 5 dias para cobrir a amazônia inteira. Mas existem áreas com pouco desmatamento, em contraponto às áreas com maior atividade de desmatamento. Para aumentar a frequência do monitoramento, delimitamos as áreas de maior intensidade de desmatamento através de imagens de satélite”, disse Damião.

O diretor afirmou, ainda, que o Amazônia 1, satélite desenvolvido especialmente para o monitoramento do bioma, está na fase final de testes, deve ser embarcado para a Índia em dezembro deste ano e tem lançamento previsto para fevereiro de 2021.
Source: Rural

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