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Fabricante espera vender 30 mil unidades do veículo ainda neste ano. (Foto: Divulgação/Fiat)

 

 

 

 

Depois de alguns meses de atraso devido à pandemia do novo coronavírus, a Fiat lançou oficialmente a Nova Strada, mantendo os olhos bastante atentos ao agronegócio brasileiro. A segunda geração do veículo está com uma carroceria mais leve (com maior proporção de aço de alta resistência) e mais robusta, com uma maior altura de solo, mais largo e com capacidade de carga de até 720 kg.

No visual, a Nova Strada está bastante parecida com a Fiat Toro, inclusive com uma inédita cabine dupla de quatro portas com 5 lugares, uma evolução no carro. A versão cabine plus conta com o maior volume de carga da categoria (1.354 litros).

O modelo vem com três versões. A versão de entrada é a Endurance, que parte de R$ 63.590 (cabine plus)e chega a R$ 74.990 (cabine dupla); também há as versões Freedom, de R$ 69.490 a R$ 77.990 e a top de linha: Volcano (cabine dupla) a R$ 79.990. A FCA pretende disponibilizar todas as versões da Nova Strada dentro de 20 dias em todas as concessionárias do país.

Segundo o diretor do Brand Fiat e Operações Comerciais Brasil, Herlander Zola, a expectativa é que sejam vendidas mais de 30 mil unidades no país ainda este ano, uma expectativa de crescimento de 20% em relação ao volume de vendas de Strada, e aposta no público rural como um forte potencial comprador.

Em coletiva de imprensa realiza na última semana, Zola destacou o desempenho positivo do agronegócio diante da crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus e disse que os clientes do agro podem se beneficiar de pacotes exclusivos e específicos para a aquisição dos veículos.

“Sob o ponto de vista comercial, nós hoje já utilizamos ferramentas direcionadas para o público do agronegócio, especialmente nesse momento em que estamos vivendo, em que o agronegócio é basicamente um nicho da economia que passou às margens da crise, beneficiado também pela variação cambial”, disse.

Características

A suspensão traseira com molas e eixo ômega, que é um pouco mais elevado na parte central, mais robusto que o eixo de torção, são algumas das vantagens para quem vai carregar bastante peso na caçamba. A estrutura também foi pensada para motoristas que lidam com estradas de terra. 

Com motor 1.3 Firefly – tendo tido nota A de consumo pelo Inmetro, fazendo, em média, 8,4 km/L de etanol na cidade e 9,4 km/L de etanol na estada. Com gasolina, o consumo é de 12,1 km/L na cidade e 13,3 km/L na estrada, sendo considerado o mais econômico da categoria, segundo o Inmetro. A direção é elétrica em todas as versões, excluindo a necessidade do botão que havia para deixar a direção mais leve. Não há opcional de câmbio automático.

A Revista Auto Esporte testou a nova Strada. Confira o vídeo com todos os detalhes do modelo. 

Cenário

De acordo com relatório mensal da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), até maio, foram vendidas pouco mais de 19 mil unidades da Fiat Strada, modelo posicionado na liderança na categoria de comerciais leves, seguido da Fiat Toro.

As vendas de veículos do segmento de comerciais leves, em que a Fiat Strada e o seu concorrente VW Saveiro estão inseridos, tiveram uma queda de quase 30% no acumulado deste ano em relação ao mesmo período de 2019.

Para se ter uma ideia, o segmento de tratores apresentou retração de 26,09%, enquanto os automóveis tiveram queda de quase 40% nas vendas de novos.

Segundo Marcelo Nogueira, vice-presidente do segmento de Tratores e Máquinas Agrícolas da Fenabrave, o novo plano safra, com volume de recursos de R$ 236 bilhões que serão aplicados no agronegócio até junho de 2021, pode ajudar a alavancar as vendas na indústria de veículos, além do cenário mais positivo do agronegócio brasileiro diante da crise do coronavírus.

“Esse crescimento que a gente vê (do agro) e o anúncio do novo plano safra, além do produtor capitalizado em virtude do dólar alto, safras recordes sendo anunciadas. Tudo isso fortalece um ambiente bem positivo para o segundo semestre”, afirma.

Nogueira salientou que diante de toda tecnologia disponibilizada ao produtor rural pelas modernidades das máquinas, veículos e, mais recente, com as concessionárias e montadoras que estão digitalizando os seus serviços de peças e pós-venda, ainda é preciso investir muito na conectividade no campo.

“Eu acredito na parte de peças e pós-vendas, a gente está tendo investimentos bastante consideráveis tanto por parte das montadoras como das concessionárias para termos esses serviços na plataforma online. Mas tudo isso vai depender muito da logística do concessionário e do entrave da conectividade, porque existem regiões bastante desenvolvidas, geram muita riqueza do agro, mas a conectividade no campo deixa a desejar. As máquinas têm bastante tecnologia e, às vezes, o produtor não opera com todo o potencial em virtude da baixa qualidade de conectividade no campo”, ressalta.
Source: Rural

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