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Produção de flores no RJ. Mercado foi fortemente atingido pela pandemia (Foto: Demóstenes Ramos/Seapa/Divulgação)

 

Plantadas há pelo menos quatro meses, as flores que abastecerão o varejo no próximo dia das mães serão primordiais para a retomada do setor de floricultura, um dos mais afetados pela queda na circulação de pessoas desde o início da pandemia de Covid-19 no Brasil. A
data concentra boa parte das vendas no país e é considerada o “Natal da floricultura”.

“Os produtores rurais estão todos aguardando ansiosamente esta data, além de floristas e varejistas de forma geral. Eles dependem desta data, ela é muito importante”, explica Renato Opitz, diretor de comunicação e marketing do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor).

Em entrevista ao vivo transmitida pelo perfil da Globo Rural no Instagram, Optiz lembrou que as expectativas do setor eram de um crescimento de 10% a 12% nas vendas durante o feriado deste ano. A projeção considerava os bons resultados observados no dia internacional da mulher, dias antes do início da pandemia no país. “Todos os produtores estão esperando os resultados dessa venda”, revela Optiz. Segundo ele, os próximos dias poderão definir o futuro dos produtores na atividade.

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“O produtor recebendo bem essa grande quantidade que ele plantou, ele tem condições de ter um novo fôlego não só para pagar suas contas, mas também para continuar operando por mais um tempo”, destacou o diretor de comunicação e marketing do Ibraflor sem deixar
de alertar que esse fôlego depende, em última instância, da duração da pandemia no país. “Se o produtor vai ou não quebrar, isso  vai depender de quanto tempo vai durar essa pandemia e das regras de isolamento social e restrição de circulação”, avalia Optiz.

O ritmo dessas vendas, contudo, indica queda no faturamento deste ano, contrariando as expectativas pré-pandemia. De acordo com Thamara D'Angieri, gerente de marketing e comunicação da cooperativa Veiling Holambra, o aumento das vendas para o domingo de dia
das mães costuma se arrastar por cerca de três semanas antes da data oficial, o que não se observa este ano. “A epidemia fez com que, na insegurança, os clientes comprassem de última hora”, disse Thamara, que também participou da transmissão ao vivo no perfil da Globo Rural no Instagram.

Com isso, tanto Thamara quanto Optiz esperam queda de 40% nas vendas deste ano, o que seria um bom resultado após uma retração de 90% no início da pandemia. “Na segunda semana já atingimos 60% das vendas [registradas no ano passado] e estamos fechando esta terceira semana. O resultado é positivo em relação ao início da crise, quando estávamos extremamente preocupados com o comportamento do consumidor”, explicou Thamara.
Source: Rural

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