Skip to main content

(Foto: Agência Brasil)

 

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC) decidiu, nesta quarta-feira (6/5) reduzir a taxa básica de juros da economia para 3% ano ano. O corte foi de 0,75 ponto percentual. Em nota, a autoridade monetária informou que a decisão foi tomada por unanimidade, estabelecendo uma nova mínima histórica para a taxa Selic.

“O Copom entende que, neste momento, a conjuntura econômica prescreve estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reforça que há potenciais limitações para o grau de ajuste adicional. O Comitê avalia que a trajetória fiscal ao longo do próximo ano, assim como a percepção sobre sua sustentabilidade, serão decisivas para determinar o prolongamento do estímulo”, diz o comunicado do Copom.

Na nota, o Copom destaca que a pandemia de coronavírus está provocando uma desaceleração significativa do crescimento global e queda nos preços de commodities, além de uma volatilidade nos mercados. E mesmo com medidas de estímulo monetário e fiscal por parte das principais economias do mundo, o cenário ainda é considerado desafiador para os países emergentes.

“Em relação à atividade econômica, dados mensais disponíveis até o mês de março repercutem apenas parcialmente os efeitos da pandemia da Covid-19 sobre a economia brasileira. Indicadores de maior frequência e tempestividade, referentes ao mês de abril, mostram que a contração da atividade econômica será significativamente superior à prevista na última reunião do Copom”, diz o colegiado, em nota.

Com base nos dados do Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, o Copom destaca que a inflação esperada para este ano, 2021 e 2022 é, respectivamente, de 2%, 3,3% e 3,5%. E afirma que, em seu cenário básico para o índice de preços, há diversos fatores de risco considerados na condução da política monetária.

saiba mais

Apesar da pandemia, Brasil bate recorde na exportação de soja, carnes e algodão em abril

Mercado espera que Copom reduza Selic para 3,25% esta semana

 

De um lado, uma ociosidade maior pode levar a inflação para um nível abaixo do esperado. Segundo o Copom, esse fator de risco pode ganhar mais força à medida que o coronavírus aumente a incerteza e reduza a demanda por um tempo mais longo. De outro lado, se as políticas de resposta aos efeitos da pandemia piorarem a situação fiscal do país de forma prolongada, isso pode levar a inflação para níveis acima do esperado.

“O Copom avalia que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia. O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia”, informa o comunicado.

De qualquer forma, o comunicado sinaliza a possibilidade de um novo corte na taxa de juros em sua próxima reunião, com o objetivo de complementar as medidas de estímulo que considera necessárias para conter os efeitos da pandemia de coronavírus sobre a economia brasileira.

“O Comitê considera um último ajuste, não maior do que o atual, para complementar o grau de estímulo necessário como reação às consequências econômicas da pandemia da Covid-19. No entanto, o Comitê reconhece que se elevou a variância do seu balanço de riscos e ressalta que novas informações sobre os efeitos da pandemia, assim como uma diminuição das incertezas no âmbito fiscal, serão essenciais para definir seus próximos passos”, informa a nota.
Source: Rural

Leave a Reply