Skip to main content

Quemada em área próxima da rodovia BR-163, na Amazônia (Foto: Emiliano Capozoli/Ed.Globo)

 

As queimadas de 2020 na Amazônia podem ter maior proporção do que as registradas no ano passado. Isso é o que aponta o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que atribui a expansão do fogo à combinação entre florestas derrubadas e a previsão de um inverno mais seco no bioma.

De acordo com a entidade, entre janeiro e março deste ano, 33% da derrubada de árvores na região foi em áreas de florestas públicas ainda não destinadas. Paulo Moutinho, pesquisador-sênior do Ipam, ainda lembra que o acúmulo de material vegetal restante dos desmatamento de 2019 e 2020 são agravantes para o alastramento do fogo que, segundo ele, é colocado por grileiros.

“Esse ano a gente vai ter uma situação de seca maior, isso combinado com a quantidade de floresta derrubada que não foi queimada. Ano passado, parou o fogo em função do Exército, mas não parou a fonte de material combustível para isso. E as pessoas que desmatam vão queimar, porque é muito caro desmatar. O que precisamos é parar os desmatamentos nos próximos meses e evitar qualquer ação de queimada”, alerta Moutinho.

 

saiba mais

Ministra da Agricultura defende campanha para prevenir queimadas na Amazônia

 

Ao citar o Exército, ele se refere à Garantia da Lei da Ordem (GLO) instituída pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, após o episódio do Dia do Fogo, ação articulada para provocar queimadas nas região amazônica, como informou Globo Rural. 

“Ano passado tivemos uma ação importante do Exército para reduzir o desmatamento. Isso funcionou, mas o desmatamento não parou. Não é papel do Exército apagar fogo e ficar vigiando grileiros”, diz ele.

Moutinho ainda menciona que as queimadas na região amazônica agravam a qualidade do ar e o aumento de partículas de fumaça pode aumentar a contaminação da população pelo novo coronavírus.

GLO na Amazônia

Durante transmissão ao vivo realizada, nesta quarta-feira (29/4), pelo Banco Itaú, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que o governo federal deverá mobilizar novamente o Exército em um novo decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Amazônia.

"Brevemente vocês estarão vendo as nossas forças desembarcando lá na região amazônica e atuando firmemente contra as ilegalidades", disse Mourão, que também comanda o Conselho Nacional da Amazônia.
Source: Rural

Leave a Reply