Boa noite! Entre os destaques desta sexta-feira (24/4), está a interdição de uma unidade da JBS, em Passo Fundo (RS), depois que 19 funcionários tiveram diagnóstico confirmado para o novo coronavírus. E uma fiscalização feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-RS) apontou que funcionários eram mantidos na rotina normal de trabalho mesmo apresentando sintomas que os colocassem sob suspeita de estarem com o Covid-19. A demissão do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, coloca um alerta sobre a economia e o agronegócio. E a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pede redução de taxas de juros no próximo Plano Safra.
Coronavírus na JBS
A unidade da JBS em Passo Fundo (RS) foi interditada por volta das 13h desta sexta-feira (24/4) devido ao aumento do número de trabalhadores contaminados por coronavírus. Segundo o Ministério Público do Trabalho do Estado (MPT-RS), o frigorífico acumula 19 casos confirmados da doença e já afastou parte dos funcionários por suspeita de Covid-19. A unidade apresentou 117 casos suspeitos de coronavírus entre os dias 11 e 22 de abril, segundo investigação do Ministério Público do Trabalho. De acordo com os prontuários analisados pelos fiscais, alguns desses trabalhadores foram diagnosticados com resfriado comum, sendo enviados de volta ao trabalho.
Moro, a economia e o agro
O ministro da Justiça e da Segurança Pública pediu demissão, nesta sexta-feira (24/4), depois de divergências com o presidente Jair Bolsonaro em relação à troca de comando na Polícia Federal. É impossível falar de política e economia sem falar do agronegócio, principalmente no Brasil e agora, quando se espera do setor produtivo, mais uma vez, aquela salvaguarda que tem evitado um caos econômico ainda pior. O agro sustenta o povo brasileiro e o do exterior, segura a balança comercial com sete das dez principais commodities exportadas pelo Brasil. Leia a análise do editor-chefe da Globo Rural, Cassiano Ribeiro.
Plano Safra
A redução da taxa de juros será o principal ponto da proposta ao Plano Safra 2020/21 enviada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) ao governo federal, segundo o vice-presidente da entidade, José Mário Schreiner. "O grande clamor do setor é a redução da taxa de juros, pois os juros praticados no crédito agropecuário estão em descompasso com a taxa Selic e com os demais fundamentos da economia", afirmou Schreiner, em uma videoconferência realizada nesta sexta-feira (24/4).
(Foto: INPASA Brasil/Divulgação)
Pisando no freio
Os produtores de etanol de milho sofrem com a queda na demanda do biocombustível devido às medidas de restrições de circulação por causa do coronavírus. O baixo preço do barril de petróleo também afeta a competitividade do combustível de milho e pode adiar a inauguração de usinas previstas para esse ano, de acordo com representantes do setor. Em março, havia sido inaugurada uma usina em Mato Grosso, com a capacidade para produzir 530 milhões de litros. Outras três unidades estão previstas para começar a operar até o fim de 2020, também no Estado, o que adicionaria uma capacidade anual de 800 milhões de litros. A situação agora é de incerteza.
Preços de alimentos
Os preços globais dos alimentos devem subir, impulsionados pelos avanços nas cotações do trigo e do arroz, avalia a Fitch Solutions. Segundo a consultoria, os preços da carne em todo o mundo também devem permanecer elevados por causa dos efeitos da peste suína africana nos suprimentos globais.
(Foto: Reprodução)
Cartilha de higiene
O Ministério da Agricultura (Mapa) e a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) criaram uma cartilha com medidas de higiene para o período de colheita, no transporte e no alojamento dos trabalhadores. O documento reúne 35 orientações alinhados com as diretrizes do Ministério da Saúde, para assegurar a saúde das pessoas envolvidas na colheita de produtos vegetais.
Ciclo da pecuária
O ciclo atual da pecuária, que é de alta no preço do boi gordo, deve se estender até o ano de 2022. A avaliação foi feita nesta quinta-feira (23/4) pelo sócio-fundador da Scot Consultoria, Alcides Torres, em entrevista ao vivo transmitida pelo perfil da Globo Rural no Instagram. Para ele, a crise trazida pelo coronavírus é conjuntural e, se não estivesse acontecendo, a tendência seria de cotações ainda maiores.
Source: Rural