Boa noite! Entre os destaques desta segunda-feira (13/4), a meteorologia prevê uma semana mais chuvosa no Brasil. Produtores e especialistas avaliam que a agropecuária sairá mais competitiva da crise causada pela pandemia de coronavírus. Nove empresas do setor de transporte rodoviário de cargas enviaram uma carta ao Ministério da Infraestrutura pedindo a suspensão da cobrança de pedágio em rodovias federais. E diante da incerteza no mercado interno, a indústria de carnes aposta no exterior.
Mais açúcar, menos etanol
A produção de cana-de-açúcar na região Centro-Sul do Brasil deve chegar a 596 milhões de toneladas na safra 2020/2021, de acordo com estimativa da Archer Consulting, um volume 2,25% maior que o registrado na safra passada. A produção de etanol é estimada em 26,17 bilhões de litros, uma redução superior a 20% em comparação coma temporada anterior, sendo 9 bilhões do combustível anidro e 17,17 bilhões do hidratado. As usinas devem produzir também 35,80 milhões de toneladas de açúcar, 35% a mais que na safra 2019/2020.
Demanda por diesel
O CEO da BR Distribuidora, Rafael Grisolia, afirmou, nesta segunda-feira (13/4), à agência de notícias Reuters que a demanda por diesel no Brasil teria caído ainda mais se não fossem a colheita da produção de grãos e a movimentação da safra agrícola pelo país. Segundo ele, no início da crise provocada pela pandemia de coronavírus, a procura pelo combustível ficou estavel durante uma semana, mas já caiu 20% em relação aos níveis anteriores ao do avanço da pandemia no Brasil.
(Foto: Fernando Martinho)
Mais competitivo
Empresários, economistas e consultores acreditam que o agronegócio brasileiro poderá sair da crise gerada pela pandemia de coronavírus com algumas vantagens em relação aos seus concorrentes mundo afora. Entre os motivos, está a competitividade da agricultura brasileira, o câmbio favorável, a confiança do mercado no Brasil como fornecedor e o investimento em agricultura digital nas fazendas.
Aposta no exterior
Em meio a incertezas após os efeitos da pandemia do covid-19 sobre a economia nacional, a indústria de aves e suínos vê no mercado internacional uma saída para fechar as contas num ano em que as previsões mais pessimistas indicam retração de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) do país. “A gente tem que admitir que, efetivamente, vamos ter que direcionar algo a mais para o mercado externo”, observa o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra.
Pedágio zero
Nove empresas do setor de transporte de cargas assinaram uma carta, enviada ao Ministério da Infraestrutura, na última quinta-feira (9/4), solicitando a suspensão da cobrança de pedágios aos Transportadores Autônomos de Carga (TACs) e às Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas (ETCs) nas rodovias federais pelo prazo de noventa dias.
(Foto: Getty Images)
Semana chuvosa
A semana tende a ser de grande volume de chuva para muitas regiões produtoras do país. Nesta segunda-feira (13/4), um sistema de baixa pressão vindo do Paraguai deve trazer chuva ao sul do Mato Grosso do Sul, oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e noroeste do Rio Grande do Sul, amenizando os efeitos da seca, informa a Rural Clima. O mesmo sistema deve ocasionar pancadas isoladas sobre grande parte das regiões produtoras de Mato Grosso, Goiás e faixa leste de Minas Gerais. Ao longo do dia, áreas de instabilidade avançam pela região central da Argentina levando chuva a vários pontos, como Argentina, Uruguai e extremo sul do RS.
Mais laranjas
A disponibilidade de laranja deve aumentar em abril no estado de São Paulo, de acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira (13/4) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP). Apesar de frutas do grupo das precoces já terem sido comercializadas em março, a oferta dessas variedades deve ser um pouco maior neste mês, compensando a baixa disponibilidade de laranja pera, segundo os pesquisadores.
Milho em queda
Após uma sequência de alta, o preço do milho recuou no Brasil, apontou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP). Entre os motivos, estão as incertezas diante do avanço da pandemia de coronavírus e as desvalorizações inernacionais do cereal. Os pesquisadores apontaram que essas condições fizeram com que compradores diminuíssem o ritmo de aquisição de novos lotes, especialmente envolvendo grandes volumes. Nos Estados Unidos, a desvalorização da gasolina e o avanço da pandemia têm limitado a demanda pelo cereal.
Source: Rural