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(Foto: Fernanda Bernardino/Ed. Globo)

 

 

A Companhia de Entrepostos e Abastecimento Geral do Estado de São Paulo (Ceagesp) afirmou que, apesar das restrições devido à pandemia de coronavírus, o abastecimento de alimentos e a venda para atacadistas e varejistas seguem normais.

Em nota, a Ceagesp informa que “as atividades de comercialização continuam funcionando normalmente e, até o presente momento, não há dados sobre qualquer tipo de alteração”. Além disso, orientações para prevenção contra o coronavírus estão sendo divulgadas para colaboradores, como determina o Ministério da Saúde.

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Bruno Benassi, diretor comercial do Grupo Benassi, um dos principais fornecedores de alimentos à Ceagesp e que movimenta em média 500 toneladas de alimentos por dia, também garante que o abastecimento está dentro dos padrões, mesmo diante do aumento da demanda por parte do consumidor, com a finalidade de estocar comida.

“Nos atacarejos de São Paulo, houve registro de maior demanda entre 100% e 120% em comparação a outras segundas-feiras. Já as lojas de varejo registraram aumento de 30% a 50% nas vendas”, explica Benassi.

Ele garante que, mesmo com o aumento nas compras, não houve acréscimo no preço dos alimentos, pois o volume de frutas, verduras e legumes em estoque é compatível à demanda, e o clima favoreceu a produtividade.

Perecíveis reduzem risco

Em portaria publicada na edição de segunda-feira (16/3) do Diário Oficial da União, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou que todas as empresas detentoras de autorização ou registro de produtos sujeitos à vigilância sanitária prestem informações sobre o risco de desabastecimento.

A gente prevê que esse movimento de maior demanda por parte do consumidor pode durar até uma semana porque são itens perecíveis

Bruno Benassi, diretior comercial do Grupo Benassi

Benassi garante que não há risco. “Nós já vínhamos nos preparando para esse boom no consumo, com base na experiência de outros países. O que a gente pode dizer é que não temos dificuldade nenhuma de abastecimento, de frutas, verduras e legumes”, reitera.

De acordo com ele, a “explosão na demanda” foi registrada principalmente nos alimentos como batata, cebola, laranja, limão e tomate, devido ao movimento de trabalho home office, o que faz aumentar o consumo doméstico. “Estes são alimentos perecíveis, então mesmo que haja estoque nas residências, em breve as compras serão retomadas”. 

Fechamento de fronteiras

Ainda na perspectiva do Grupo Benassi, o fechamento das fronteiras anunciado por diversos países deve se manter restrito à circulação de pessoas, sem afetar o trânsito de alimentos perecíveis. “Se houver, o que eu não acredito, o Brasil tem substitutos nacionais”, esclarece Bruno Benassi.

A empresa, que também comercializa frutas importadas, ainda não sentiu diferença no abastecimento das frutas, mas sim na oscilação do dólar. “Boa parte da nossa linha de portfólio é de importação. Quando a gente fala de volatilidade, é uma diferença de 20% no câmbio, e isso gera uma dificuldade de precificação muito grande”, explica.
Source: Rural

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