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Estiagem atingiu lavouras de milho no Rio Grande do Sul (Foto: Defesa Civil/RS)

 

A colheita do milho no Rio Grande do Sul avançou quatro pontos percentuais nesta semana e atingiu 26% da área semeada. O ritmo dos trabalhos está adiantado em relação aos 24% colhidos na mesma época do ano passado e aos 22% de média para o período nos últimos cinco anos.

Os dados constam do informativo semanal elaborado pela Emater/RS-Ascar, empresa de assistência técnica e extensão rural do governo gaúcho. O levantamento mostra que 14% das lavouras de milho estão em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo, outros 11% em floração e 24% em enchimento de grãos.

Os analistas da Emater/RS observam que as chuvas ocorridas recentes contribuíram para melhorar a situação das lavouras. Na região de Ijuí, que corresponde a 10% da área cultivada no Estado, mesmo as lavouras irrigadas apresentam produtividade inferior à estimada inicialmente.

Eles explicam que o longo período de temperaturas acima de 30°C, que perduram elevadas durante a noite, provocou redução de rendimento e senescência de folhas. Já nas áreas de sequeiro, houve maior redução de produtividade e grãos pouco desenvolvidos. O rendimento médio das lavouras alcançou 122 sacos por hectare. Na região, a colheita já atingiu 57% da área.

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Na regional de Santa Rosa, o levantamento aponta que 71% das lavouras já foram colhidas. As chuvas renovaram as plantas em fase final de formação de espigas. A colheita avançou e evidenciou produtividades de 128 sacas por hectare nas lavouras semeadas em agosto, que não sofreram com a falta de chuvas durante o ciclo.

Na regional de Frederico Westphalen, a colheita atingiu 55% da área. Os produtores evidenciam perdas de rendimento das lavouras em decorrência do efeito da estiagem, sobretudo naquelas semeadas a partir da segunda quinzena de setembro, quando comparadas com as que foram plantadas até a primeira quinzena do mês. Em alguns municípios da região, os produtores continuam solicitando cobertura de Proagro.

Os analistas relaram que na região de Caxias do Sul, mesmo com o retorno de precipitações e com a redução da temperatura e da radiação solar, as lavouras implantadas mais cedo não demonstram capacidade de recuperação do potencial. “Já nas tardias, evidencia-se excelente recuperação, tanto no crescimento das plantas quanto na qualidade das folhas e na intensidade da coloração verde.”

A regional de Soledade representa 9% da área de milho do Estado, apenas 5% da área foi colhida. “A ocorrência de chuvas regulares nas últimas semanas, embora de volumes variados, encorajou os produtores a intensificarem a semeadura do milho em restevas de lavouras de tabaco, de milho e feijão primeira safra, tanto para grãos como para silagem.”

Na regional de Passo Fundo, que responde por 8,2% da área do Estado, foram colhidos 5%. “Tanto a redução no volume das precipitações quanto a distribuição irregular na região geraram perdas na produtividade, especialmente nas lavouras que estavam em floração e em enchimento de grãos. Ao todo, 456 produtores que tiveram o rendimento das lavouras comprometido solicitaram vistorias a fim de comprovação de perdas para o acesso ao seguro agrícola.”

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Na região de Erechim, com 5,7% da área do Estado, o principal estágio é o de enchimento de grãos (80%); as áreas já colhidas chegaram a 15%, cujo rendimento evidencia perdas na produtividade. Na de Bagé, as últimas chuvas registradas ao longo da semana permitiram recuperar parcialmente o estande das lavouras. “Mesmo com volumes pouco expressivos de chuvas desde 15 de dezembro, as lavouras de milho implantadas durante novembro apresentam bom aspecto visual, o porte é médio e as plantas responderam eficientemente às aplicações de herbicidas e fertilizantes nitrogenados.”

Em São Gabriel, as áreas semeadas estão nas fases de desenvolvimento vegetativo e em floração; as lavouras em fase de enchimento de grãos na época da estiagem foram perdidas. Em Rosário do Sul, a semeadura foi concluída com o retorno da chuva. Em São Borja, a colheita está em andamento nas áreas mais do cedo, com produtividades acima dos 100 sacos por hectare. Na regional de Pelotas, 42% da área com a cultura está em desenvolvimento vegetativo, 38% em floração e 20% em enchimento de grãos.
Source: Rural

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