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Exportações estimularam o abate de bovinos na Argentina (Foto: Getty images)

 

Puxado pelo aumento das exportações de carne, o abate de bovinos na Argentina apresentou seu melhor resultado em dez anos em 2019, com 13,88 milhões de cabeças, segundo dados divulgados pela Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados da República Argentina (Ciccra). O volume também representou crescimento de 3,2% ante 2018.

Enquanto o consumo interno de carne bovina do país registrou queda anual de 8,5% em 2019, com 2,29 milhões de toneladas, as exportações nos onze primeiros meses do último ano somaram 750,1 mil toneladas, superando em 49,2% o registrado em igual período de 2018. Desse total, 75% foram destinados à China, gerando divisas de US$ 2,72 bilhões aos frigoríficos argentinos (aumento de 53,1% ante 2018).

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Considerando que as exportações em dezembro mantiveram o mesmo patamar dos meses anteriores, a Ciccra avalia que a Argentina encerrou o último ano com uma exportação de 831 mil toneladas de carne bovina com osso, o que representaria 26,6% do total produzido pelo país em 2019. O consumo aparente por habitante, por outro lado, apresentou queda de 9,4% na mesma comparação, observa a entidade.

Produção

No total, os argentinos produziram 3,122 milhões de toneladas de carne bovina com osso em 2019, aumento de 1,8% ante o registrado no ano anterior e o quinto maior volume dos últimos 24 anos. Apesar de positivo, o resultado esconde uma tendência perversa no país: o abate de matrizes.

“O abate de matrizes explicou todo o crescimento do abate total em 2019”, reconhece a Ciccra em seu último relatório. Foram 6,73 milhões de fêmeas abatidas, 48,5% do total e avanço de 10% ante 2018. Já o abate de machos apresentou queda de 2,5% na mesma comparação. O resultado marca o terceiro ano consecutivo de aumento no abate de matrizes, o que tende a reduzir a oferta de gado argentino no futuro.
Source: Rural

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