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O programa beneficiará apenas os suinocultores que estão na atividade há mais de cinco anos. (Foto: Thinkstock)

 

A Comissão Europeia concedeu aos Países Baixos permissão para conceder subsídios aos suinocultores que reduzam seus plantéis ou até mesmo desistam da atividade. O programa, que terá duração de dois meses, começou a ser implantado no final de novembro pelo governo holandês.

Os fazendeiros holandeses no Sul do país, que têm uma alta densidade de animais, agora podem receber até € 150 (cerca de R$ 700) por animal para reduzir o tamanho do rebanho.

O país sofre pressões dos ambientalistas para elaborar um plano mais radical visando reduzir as emissões de nitrogênio na suinocultura. O programa beneficiará apenas os criadores que estão na atividade há mais de cinco anos. Caso recebam o subsídio, eles têm que fechar definitivamente suas granjas.

O Ministério da Agricultura quer desestimular a atividade no Centro e Sul da Holanda, próximos a locais residenciais, e, para isso, disponibilizou 180 milhões de euros. As granjas estariam causando incômodo aos moradores locais. O incentivo visa ainda à geração de benefícios ambientais, que são necessários em vista de objetivos climáticos, como a redução de emissões de CO2.

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A ministra da Agricultura, Carola Schouten, declarou, ao discutir o orçamento agrícola, que o programa seria "um passo claro na melhoria do ambiente em áreas restritas à pecuária". O subsídio é destinado principalmente a criadores em East Brabant, Limburgo do Norte e partes de Gelderland, Overijssel e Utrecht, que concentram a maior parte do plantel de suínos do país.

Na Holanda, existem cerca de 4.100 suinocultores. Espera-se que pelo menos 7% deles devem interromper a criação com a medida. Isso levaria a uma redução de 700 mil animais, de um rebanho estimado em 12 milhões de cabeças. Os suinocultores têm até 15 de janeiro de 2020 para se registrar e receber o benefício.

"É assim que atacamos vários aspectos ao mesmo tempo: apoiamos os criadores de porcos que querem parar, incentivamos uma maior sustentabilidade da criação e melhoramos a qualidade de vida em torno dessas fazendas", disse Schouten durante o debate da Comissão Europeia.

Em uma carta ao Parlamento, Schouten anunciou que também gostaria de pagar aos agricultores para reduzir as emissões de nitrogênio na Holanda. O plano faz parte de um pacote mais amplo de medidas. Dessa maneira, o espaço foi liberado para outros projetos que agora estão paralisados desde que o Conselho de Estado pôs fim ao Programa de Abordagem ao Nitrogênio (PAS) neste ano. Com uma contribuição de cerca de 46% de todos os setores, a agricultura é a maior responsável pelas emissões de nitrogênio na Holanda.

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Source: Rural

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