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Queimadas ameaçam a fauna local. (Foto: Chico Ribeiro/Divulgação)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Incêndios vêm consumindo áreas de florestas no Pantanal há cerca de três meses e somente nos últimos seis dias foram 50 mil hectares. A informação é de Jaime Verruck,  secretário de Meio Ambiente, desenvolvimento econômico, produção e agricultura familiar de Mato Grosso do Sul (Semagro). Ele concedeu entrevista à Revista Globo Rural e disse que desde o início das queimadas 1,3 milhão hectares já foram devastados pelo fogo. A área corresponde a mais de 1 milhão de campos de futebol. 

O secretário ressaltou ainda que 70% da área atingida no Estado está inserida no Bioma pantaneiro, incluindo a Fazenda Caiman, uma das maiores propriedades rurais da região, além de outras no município de Porto Murtinho. O plantio de soja nessas localidades está atrasado em função dos baixos índices de chuva.

“O bioma está em estado de emergência desde setembro, em decorrência de um outro grande incêndio que acometeu a região no mesmo mês. Mas todo o estado do MS vem sendo atingido por queimadas”, ele ressalta.

Fogo atinge uma das maiores fazendas da região. (Foto: Chico Ribeiro/Divulgação)

 

A grande quantidade de focos de incêndio foi registrada, principalmente, nas regiões que abrangem as cidades de Corumbá, Miranda e Aquidauana. “As evidências do Ibama são de que a maioria desses incêndios foram causados por fator humano, então são incêndios criminosos. Todas essas áreas são verificadas e, infelizmente, o que se vê é a ação humana”, explica Verruck ao dizer que a seca e o vento potencializam o fogo a se alastrar.

As evidências do Ibama são de que a maioria desses incêndios foram causados por fator humano, então são incêndios criminosos."

Jaime Verruck

A extensão do incêndio também se concentra onde há grande produção pecuária em Mato Grosso do Sul. “Tivemos uma perda significativa de pasto, o que prejudica o pecuarista. Por isso, a gente está em conversa com o Banco do Brasil para falar sobre casos de financiamento desses produtores”, ele diz.

Medidas de contenção das queimadas estão sendo providenciadas, como é o caso da prorrogação por mais 30 dias da proibição da queima controlada no Estado. Com o apoio do Ibama, também foram concentradas as brigadas do PrevFogo de Corumbá e Miranda e direcionadas aeronaves para auxiliar com combate ao fogo e na fiscalização das propriedades.

“Além disso, uma linha de proteção da rede elétrica foi construída na beira da estrada para que as cidades não tenham problema com queda de energia e, por consequência, problemas no abastecimento de água”, explica o secretário.
Source: Rural

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