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Segundo a CNT, 76% da geometria das vias no Brasil tem problemas (Foto: Fernando Martinho/Ed.Globo)

 

A qualidade das rodovias brasileiras piorou no último ano, atesta a 23ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com o SEST/SENAT. De acordo com o levantamento, 59% da malha rodoviária apresentam algum tipo de problema regular, ruim ou péssimo. Em 2018, eram 57%.

Para fazer a pesquisa, 24 equipes percorreram 108.863 quilômetros nas cinco regiões do Brasil entre os dias 20 de maio e 18 de junho. O objetivo foi avaliar as condições, desempenho e segurança para os usuários. Foi constatado que 52,4% da pavimentação tem problemas e 48,1% da sinalização apresenta erros. Uma piora em relação aos mesmos indicadores no ano passado, que estavam em 50,9% e 44,7%, respectivamente.

Para a CNT, o principal problema está na chamada geometria das vias, em que são avaliados critérios como existência de acostamento e faixa adicional e curvas perigosas. O estudo apontou que 76% das rodovias apresentam algum tipo de problema, entre eles, ausência de acostamento e curvas consideradas de maior perigo sem a devida sinalização. Em comparação com o ano passado, um leve aumento de 0,03%.

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Outro índice que piorou foi o dos pontos críticos em rodovias brasileiras, que aumentaram 75,6%: dee 454 em 2018 para 797 em 2019. O indicador leva em conta ocorrências como quedas de barreira (26 casos), pontes caídas (2), erosões na pista (130) e buracos grandes (639).

“É urgente a necessidade de ampliar os recursos para as rodovias brasileiras e melhorar a aplicação do orçamento”, afirma o presidente da CNT, Vander Costa. A entidade estima a necessidade de R$ 38,60 bilhões para reconstrução e restauração das rodovias brasileiras.

Aumento de custo

Segundo a Confederação Nacional do Transporte, as condições das rodovias impactam diretamente nos custos do transporte. Uma pavimentação dedificente reduz a segurança viária e aumenta o custo de manutenção dos veículos e o consumo de combustível, afetando o preço dos produtos transportados pela malha rodoviária.

Estima-se que, na média nacional, o asfalto inadequado resultou em uma elevação do custo operacional do transporte em torno de 28,5%. Em rodovias consideradas de péssimo estado de conservação, esse aumento chega a ser de 91,5%.

Já o desperdício de óleo diesel é estimado em 5%, por conta do maior número de freagens e reacelearções. Em 2019, a CNT calcula um consumo desnecessário de 931,80 bilhões de litros do combustível, uma despesa de R$ 3,3 bilhões a mais para as transportadoras.

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O estudo da CNT trouxe um ranking das melhores rodovias do país. As dez mais bem avaliadas passam por São Paulo e são constituídas de rodovias concessionadas. o melhor trecho está entre Campinas (SP) e Jacareí (SP), que inclui a SP-065 e SP-340.

O pior trecho do Brasil, de acordo com o levantamento, está entre Natividade (TO) e Barreiras (BA), que inclui as rodovias BA-460, BR-242, TO- 040 e TO-280. Entre as rodovias bastante utilizadas no transporte da safra de grãos, como a BR e a BR-364, a avaliação foi regular.
Source: Rural

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