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Fogo, queimada, Amazônia, Altamira, floresta, Pará, BR-163, rodovia, desmatamento (Foto: Emiliano Capozoli/Ed.Globo)

 

Em documento divulgado hoje, endereçado ao presidente da República, Jair Bolsonaro, os mais de 200 membros da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, grupo que reúne representantes do agronegócio, das entidades de defesa do meio ambiente, do setor financeiro e da academia, manifestam a preocupação com a escalada do desmatamento e das atividades ilegais na floresta. “Pedimos ao poder público que use todos os instrumentos necessários para coibir essas práticas.”

No manifesto, a Coalização observa que “hoje, mais de 90% do desmatamento na Amazônia é ilegal. Outros crimes estão associados a este grave cenário, como, por exemplo, o tráfico de drogas e a evasão fiscal. O atual governo deve tomar as medidas necessárias, uma vez que tem a sua disposição o aparato miliar e policial e, por isso mesmo, deve ser uma referência no combate à ilegalidade.”

Por isso, consideram necessário a retomada do controle do desmatamento. “Já vivemos períodos em que uma queda significativa do desmatamento se deu em meio a um ciclo de saltos de produtividade na agropecuária. Esse histórico mostra que não é necessário desmatar para aumentar a produção agrícola.”

Segundo o documento, o agronegócio está sendo prejudicado por quadrilhas que atuam na ilegalidade, manchando a reputação do setor, aumentando a insegurança jurídica e a concorrência desleal para produtores e empresas. “A segurança no campo envolve também o combate às queimadas. Embora o fogo seja utilizado de forma regular em algumas práticas agrícolas, ele também é usado como forma de abrir ilegalmente áreas na floresta. A relação entre desmatamento e fogo mostra-se particularmente forte neste ano de 2019.”

Na opinião dos membros da Coalização o governo deve criar incentivos para quem cumpre a lei, controlando ações criminosas e incrementando a vigilância sobre atividades clandestinas. “Essa é uma agenda comum entre o agronegócio e as organizações de defesa do clima e do meio ambiente.”

A Coalização lembra que esta também uma agenda de interesse dos investidores, pois as atividades do campo estão diretamente ligadas à questão climática, que afeta uma ampla gama de setores econômicos. “O Brasil tem uma grande oportunidade de atrair novos recursos junto a investidores nacionais e internacionais se for capaz de monetizar seus ativos ambientais. Além de remunerar a manutenção da floresta em pé, esses recursos podem ter reflexos diretos na nossa economia, por exemplo, incorporando o valor dos ativos ambientais brasileiro ao PIB do país.”
Source: Rural

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