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O tratado, que abrange bens, serviços, investimentos e compras governamentais, é o maior já assinado pelos europeus e vinha sendo discutido há duas décadas com os sul-americanos (Foto: Divulgação/ MAPA)

 

Em momento histórico e de festa em Bruxelas, na Bélgica, Mercosul e União Europeia fecharam um acordo de livre comércio nesta sexta-feira (28/6).

O comunicado oficial deve sair em breve. O tratado, que abrange bens, serviços, investimentos e compras governamentais, é o maior já assinado pelos europeus e vinha sendo discutido há duas décadas com os sul-americanos. A rodada final de negociações foi iniciada por técnicos na semana passada. Diante do avanço nas tratativas, os ministros do Mercosul e da União Europeia foram convocados e, desde ontem, estão fechados em reuniões na Bruxelas.

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Para o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a assinatura do acordo representa um momento histórico. Depois de vinte anos de negociações, o acordo foi finalmente fechado.

“Em meio a tensões internacionais, nós estamos enviando hoje uma forte mensagem que nós apoiamos o comércio baseado em regras. Por meio desse pacto, os países do Mercosul decidiram abrir seus mercados para a União Europeia. Essa é obviamente uma grande notícia para as empresas, trabalhadores e para a economia dos dois lados do Atlântico, economizando mais de 4 bilhões de euros por ano de impostos. Esse é o maior acordo comercial que a União Europeia já concluiu”, declarou.

O acordo é o mais ambicioso já acertado pelo Mercosul, que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

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O tratado permitirá que a maior parte dos produtos seja comercializada entre os blocos com tarifa zero. Haverá um calendário para que isso ocorra. Os europeus eliminarão mais rapidamente as tarifas, mas vão manter cotas de importação em alguns produtos agrícolas. Para o Mercosul, pode levar uma década para que boa parte das alíquotas seja zerada.Vinte anos de negociação.

As conversas para o acordo foram lançadas em junho de 1999. Uma troca de ofertas chegou a ser feita em 2004, mas decepcionou os dois lados e as discussões foram logo interrompidas. Em 2010, as negociações foram relançadas.

Desde então, houve idas e vindas com momentos de resistências tanto do lado do Mercosul quanto do lado da União Europeia. Em 2016, os dois blocos voltaram a trocar propostas e, neste ano, havia a percepção de que faltava muito pouco para um acerto.

Para a rodada final, o governo brasileiro enviou a Bruxelas o chanceler Ernesto Araújo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o secretário especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Marcos Troyjo.

O clima era de otimismo e o Brasil se preparava para anunciar um desfecho favorável já na noite de quinta-feira. Mas muitos detalhes referentes ao setor agrícola ainda não tinham sido resolvidos, segundo uma fonte próxima às conversas que correm na Bélgica.O clima pesou em diversos momentos e houve tensão entre os negociadores, conta essa fonte. Ao longo desta sexta, porém, foi possível alcançar um consenso.

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Source: Rural

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