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Área de veículos é uma das mais movimentadas da Agrishow.(Foto: Joel Silva / Ed. Globo)

 

Safra cheia é sinônimo de caminhonete nova e a prova disso está na Agrishow.
Com descontos de mais de 20% nos preços, as fabricantes de picapes e utilitários esperam vender ao menos 844 veículos neste ano. O valor é referente a cinco das nove marcas principais consultadas pela Globo Rural que estão participando da feira. Considerando as empresas que não concederam entrevista, o número total deve passar de 1.000.

Principal aposta da Suzuki é o jipe Jimny a etanol.
(Foto: Cassiano Ribeiro/Ed.Globo)

 

Com base nos resultados dos primeiros dias, tudo indica que esse número será superado.“Ano passado foi nosso segundo ano de Agrishow e vendemos 22 veículos. Este ano, até a tarde de quarta-feira (1º), vendemos 19 e a expectativa é dobrar o volume feito em 2018”, diz Franklin Fonseca, gerente nacional de vendas da Suzuki. O carro-chefe da fabricante para a exposição de Ribeirão Preto é o jipe Jimny, que ganhou uma edição especial para a feira, com motor a etanol. Pra atrair ainda mais negócios, a Suzuki está vendendo o veículo com um desconto de quase R$ 7.500. O valor caiu de R$ 73.490,00 para R$ 66.000,00.

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Todas as fabricantes estão com ofertas exclusivas para a feira e atraindo tanto o público rural como o urbano. A Toyota levou um de seus SUV’s, o SW4, para o show room, mas mantém sua principal aposta nas caminhonetes e tenta conquistar a clientela na Agrishow com descontos de 7% a 14% de acordo com o modelo. A Hilux SR Diesel, de R$ 161.560, sai por R$ 138.990 na feira, desconto de R$ 22.570. A SRV Cabine Dupla Automática, de R$ 182.730 por R$ 162.970, preço R$ 19.760 a menos.

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Para obter a condição especial, basta comprovar estar em dia com o Imposto Territorial Rural (ITR) ou, para clientes do Estado de São Paulo, com a inscrição de produtor rural. Depois é esperar a análise de crédito, explica Vitor Silva, gerente da Santa Emília, concessionária em Ribeirão Preto que representa a marca na feira. “Minha briga é na picape. Eu vendo outros, mas os meus principais clientes vêm aqui pelas picapes”, diz ele.

Hilux está com R$ 22.000 de desconto na feira. (Foto:Joel Silva/Ed.Globo)

Nos dois primeiros dias de Agrishow, a Toyota vendeu 123 veículos dos mais diversos modelos. A expectativa é encerrar a feira com 300 pedidos feitos, número que pode chegar a 400 na primeira semana pós-feira, quando ainda são concluídos negócios originados no estande. Um desempenho semelhante ao do ano passado, quando, segundo Silva, o mercado de picapes também esteve aquecido.

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“No ano passado, havia mais crédito de bancos públicos. Neste ano, os negócios estão sendo fomentados pelo banco da montadora e por cooperativas financeiras. Com a condição comercial boa e o preço atrativo, a demanda acontece”, avalia o gerente, acrescentando que os financiamentos podem ser quitados em parcelas trimestrais, semestrais ou até mesmo anuais.

Empresas oferecem teste drive aos visitantes numa pista com diferentes desafios aos veículos.(Foto:Joel Silva)

 

No estande da Volkswagen, os desconto da Amarok, uma das picapes mais vendidas no Brasil, chega a 20% este ano. Na edição passada, a fabricante oferecia o veículo com um desconto máximo de 18%. A versão Highline da caminhonete, que normalmente custa R$ 194.990,00, está sendo vendida a R$ 179,990,00. A expectativa de vendas da marca é de 300 unidades para este ano, diz a supervisora de marketing da Volks, Milena Petronieri. Em 2018, a fábrica entregou 260 unidades durante a feira.

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Outra montadora otimista é a japonesa Mitsubishi. Da abertura até às quatro horas desta quarta-feira (1/5), o estande já contabilizava 60 carros vendidos. Até o fim da feira, nesta sexta-feira (3/5), a expectativa é de 200 vendas, o que representaria um crescimento de 50% em relação à edição de 2018.

Um dos fatores de otimismo são as novidades, explica o consultor sênior da área comercial da fábrica, Roberto Schmidt. Além das caminhonetes L200, a empresa traz também sua linha de SUV’s. Neste segmento, afirma o executivo, a escolheu a Agrishow para iniciar as vendas no mercado nacional do Pajero Sport, nova versão da sua tradicional SUV grande para uso on e off road.

L200 é o modelo da Mitsubishi mais procurado. (Foto: Joel Silva/Ed.Globo )

 

“Nos últimos dez anos, o SUV é o nicho que mais cresce no setor automobilístico em todos os segmentos”, afirma, acrescentando que boa parte da demanda por utilitários esportivos vêm do agronegócio.

A estratégia de venda inclui condições especiais para a feira. Na versão top de linha, a caminhonete, que custa R$ 194.990, sai por R$ 177.990. O utilitário esportivo, de R$ 266.990 por R$ 259.990. Schmidt garante já ter vendido quatro Pajero Sport nos dois primeiros dias e espera chegar a oito até o fim da semana.

O outro motivo de otimismo para a Mitsubishi é a pista de testes construída atrás do estande, onde é possível testar os carros. É a primeira vez que a empresa inclui essa atração no seu espaço na Agrishow, tática semelhante à já adotada por concorrentes. Segundo Schmidt, a ideia é mostrar para o cliente, principalmente, a necessidade dos itens de segurança nos veículos.

“A pista técnica de testes é um importante elemento de conversão em vendas. Dos meus clientes que fazem o teste com intenção de compra, de 25% a 40% terminam comprando”, garante o executivo.

Segmento de veículos de luxo também ganha espaço na Agrishow. (Foto: Joel Silva/Ed.Globo )

 

Na sua segunda participação na Agrihow, a Audi mudou o perfil de seu estande. Neste ano, a empresa está reforçando sua aposta nas SUV’s de luxo, colocando três modelos em exposição: o Q3, fabricado no Brasil até o ano passado; o Q5, importado do México; e o Q7, produzido na unidade industrial da Bratslava, na Eslováquia. Em junho, a montadora deve lançar o Q8, reforçando a linha.

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“A mudança no perfil do estande tem a ver com a evolução do conhecimento sobre o público”, diz o diretor de comunicação e marketing da Audi no Brasil, Cláudio Rawicz.

Segundo o executivo, no segmento de veículos considerados premium, 63% das vendas da indústria automobilística nacional são de SUV’s. Na Audi, esse tipo de carro representa 43% do volume vendido no Brasil. E a empresa enxerga no produtor rural um importante ponto de demanda. Tanto que a expectativa para a Agrishow é crescer 50% em relação à feira de 2018.

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“O volume de SUV’s tem crescido em mercados agropecuários. O produtor rural tem buscado a multifuncionalidade de uma picape, mas também o conforto para transitar do campo para a cidade. E o SUV é uma oportunidade”, avalia Rawicz.

Embora reconheça o potencial da demanda do agronegócio por SUV’s, o diretor de comunicação e marketing da Audi no Brasil pontua que é difícil fazer uma projeção do quanto a empresa pode ganhar de participação no mercado. Explica que isso depende do volume de veículos disponível. A disponibilidade, acrescenta, é fator importante quando se trata de uma empresa que depende do produto importado.

Um modelo Q3 não sai por menos de R$ 156.990; o Q5 chega a custar R$ 226 mil e o Q7, R$ 424.990. Sendo um carro que vem de fora do Brasil, pode ter peso também a taxa de câmbio. Mas o executivo da Audi garante que, pelo menos por enquanto, a alta do dólar não tem impedido negócios. “Estamos com essa taxa de câmbio há quase um ano. O mercado já se adaptou”, diz Rawicz.

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Source: Rural

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