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Soja referenciada em Paranaguá tem leve queda neste início de mês, mas permanece acima de R$ 77 a saca, de acordo com o Cepea (Foto: Ernesto de Souza/ Ed. Globo)

 

O mês de abril começou com alguma pressão sobre os preços da soja no Brasil, indica o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Nos primeiros dias do mês, o indicador com base no corredor de exportação de Paranaguá acumula leve queda de 0,33%. Na última sexta-feira (5/4), a saca de 60 quilos valia R$ 77,45. A referência baseada nos negócios no Paraná ficou estável, a R$ 72,52.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (8/4), os pesquisadores afirmam que a proximidade do fim da colheita da safra brasileira tem levado produtores a oferecer lotes maiores do grão ao mercado. Em Mato Grosso, por exemplo, o trabalho de campo chegou a 99,77% da área até a última sexta-feira (5/4), de acordo com o Instituto de Economia Agropecuária do Estado (Imea). 

Outro fator que influencia o produtor a vender mais, de acordo com o Cepea, é a iminência de um novo acordo comercial entre Estados Unidos e China. O resultado das negociações entre os governos Donald Trump e Xi Jinping tende a refletir no quadro de oferta  demanda e nos preços internacionais e na demanda pela commodity.

“Quanto à demanda doméstica, indústrias adquirem apenas volumes pequenos – parte das fábricas indica ter estoques até meados de maio, alegando que as vendas internas de farelo e de óleo estão reduzidas. Além disso, com a finalização da colheita no Brasil, consumidores do complexo soja esperam adquirir volumes a preços menores”, diz o Cepea.

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O que tem limitado a queda no mercado doméstico são as cotações internacionais, de acordo com os pesquisadores da instituição. Em Chicago, nos últimos dias, os contratos de curto prazo têm ensaiado uma trajetória de valorização. O vencimento para maio deste ano, que encerrou o mês de março cotado a US$ 8,84 por bushel, fechou a US$ 8,99 na última sexta-feira (5/4). Julho de 2019 passou de US$ 8,97 para US$ 9,12.

Os pesquisadores do Cepea avaliam que esse movimento do mercado internacional na última semana está atrelado às estimativas de menor área de soja nos Estados Unidos. Nesta terça-feira (9/4), o Departamento de Agricultura do país (USDA) deve atualizar os dados de oferta e demanda global pela oleaginosa e o mercado opera em compasso de espera na bolsa norte-americana.

Os operadores em Chicago também estão atentos soas relatórios de clima nos Estados Unidos. A região do Meio-oeste, onde se concentra a produção de soja e milho do país foi atingida por fortes inundações, que podem influenciar no calendário de plantio da safra 2019/2020.

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Source: Rural

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