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As correntes marítimas quentes do Pacífico que chegaram ao litoral nordestino neste verão continuam provocando forte umidade. (Foto: Thinkstock)

 

As nuvens carregadas não devem deixar o céu do nordeste durante o mês de abril. As correntes marítimas quentes do Pacífico que chegaram ao litoral nordestino neste verão continuam provocando forte umidade praticamente em toda a região. O aquecimento das águas do Atlântico, na costa do nordeste, afetou o padrão do El Niño, fenômeno climático que em geral deixa o tempo mais seco. As precipitações devem ser mais intensas até meados deste mês.

Até lá, há uma tendência de chuva forte principalmente no Sul do Maranhão, o que vem prejudicando o escoamento da soja, e no Rio Grande do Norte. Na Bahia e no Ceará, a umidade deve se concentrar no interior dos Estados. Nas próximas semanas, continua chovendo em quase todo o nordeste, embora com um pouco menos de intensidade.

Maranhão

As pancadas fortes que provocaram estragos na estradas e preocupações com o escoamento da soja em março não devem dar trégua tão cedo. As chuvas só devem diminuir no final deste mês. Apenas na última semana de março, choveu 50 mm acima da média mensal. O clima não está favorecendo o Maranhão nos últimos meses. A estiagem do fim do ano passado afetou a produção de soja no Sul do Estado, que deve ser menor este ano. Até agora, cerca de 60% dos grãos plantados já foram colhidos. Falta transportar os outros 40%. Até o final de abril, os agricultores terão de enfrentar o desafio de transitar por estradas precárias.

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Ceará

No Ceará, os agricultores respiram aliviados. As chuvas, que chegaram a 20 mm acima da média nas últimas semanas, melhoraram a qualidade do solo. Os agricultores estão conseguindo plantar quatro culturas ao mesmo tempo, feijão, milho, fava e banana. No centro-sul do Estado, no entanto, o tempo permanece seco. Nas demais regiões, as chuvas perdem um pouco da força, mas seguem pelo menos por mais duas semanas.

Bahia

As nuvens carregadas também animam os produtores rurais da Bahia, principalmente na região oeste, de plantio de algodão. Com a arroba a preços atrativos, de R$ 90 a R$ 100 o quilo, alguns produtores rurais já haviam decidido aumentar a área plantada no início do cultivo, em dezembro. Este ano, a chuva chegou no momento certo, favorecendo a safra.

Pernambuco e Alagoas

Os agricultores pernambucanos e alagoenses de cana de açúcar também não têm do que reclamar. No leste de Pernambuco e no litoral de Alagoas, as precipitações continuam pelo menos até o final do mês. Alagoas vinha sofrendo bastante com a seca dos últimos anos, o que afetou fortemente a produção de cana. As chuvas de fevereiro e março beneficiaram o cultivo. A safra deste ano deve apresentar uma recuperação de 16% em relação a de 2018 em Alagoas, com sinais positivos também em Pernambuco.

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Source: Rural

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