Na segunda semana de preparação para o Super Bowl, cadeia produtiva do abacate mexicano registrou marca história de exportações para os Estados Unidos (Foto: Reprodução/Apeam)
A temporada 2018/2019 do futebol americano está na fase decisiva nos Estados Unidos. Os quatro times que restaram na competição (Los Angeles Rams e New Orleans Saints pela Conferência Nacional; New England Patriots e Kansas City Chiefs pela Conferência Americana) decidem neste domingo (20/1) quem disputará a edição de número 53 do Super Bowl, a grande final do campeonato da National Football League (NFL), em 3 de fevereiro.
Enquanto, no campo, os times correm e se trombam a cada disputa de bola que pode valer a vaga na decisão do campeonato, fora dele, uma estrela menos badalada que os jogadores costuma aparecer mais na época de um dos maiores eventos esportivos americanos: o abacate mexicano.
Dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) apontam que o México é o maior produtor mundial da fruta. Em 2017, foram 2,029 milhões de toneladas, quase dez vezes a produção brasileira, de 213,041 mil toneladas no mesmo ano, quando a produção global totalizou 5,924 milhões.
O período de preparação para o Super Bowl é um dos mais importantes para o comércio da fruta da região de Michoacán, de acordo com a Associação dos Produtores, Exportadores e Empacotadores de Abacate do México (Apeam). Só na segunda semana que antecede o jogo, a entidade registrou um recorde de remessas para a época, com exportações de 32,609 mil toneladas.
"A semana se tornou a de maior envio de abacate para os Estados Unidos durante a temporada do Super Bowl", informou a Apeam, em comunicado datado de 15 de janeiro.
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Ainda conforme a Associação, o abacate de Michoacán é o único habilitado para exportações pelas autoridades dos Estados Unidos. A entidade diz garantir que a cadeia produtiva está preparada para atender a demanda por abacates antes, durante e depois do Super Bowl 53.
O México, no entanto, vem enfrentando um dificuldades de abastecimento de gasolina em diversas regiões. O jornal local El Universal informou que, só na região de Michoacán, são mais de 20 dias de escassez e, conforme as autoridades locais, até a sexta-feira (18/1), pelo menos 70% dos postos permaneciam fechados.
No comunicado divulgado em 15 de janeiro, a Apeam informou que o problema tem afetado somente operações locais, como transportes de trabalhadores e de fiscais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
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Como os caminhões que levam o produto para os Estados Unidos são movidos a diesel, pelo menos até então, a Apeam informava não ter registrado nenhuma dificuldade no fluxo de exportação da fruta por via terrestre. Mas a entidade não deixou de manifestar preocupação.
“Não deixa de preocupar diante da possibilidade de uma falta generalizada de combustível que possa se estender para os 35 municípios da região abacateira de Michoacán. Mas confiamos que a exportação de abacate siga fluindo”, dizia o comunicado de 15 de janeiro, lembrando que esta época é uma das de maior envio da fruta para o mercado americano.
Na sexta-feira (18/1), o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador anunciou uma convocação para contratar 2 mil motoristas para dirigir caminhões-tanque. E disse que os veículos serão escoltados por militares para evitar a ação de criminosos, publicou o El Universal.
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Source: Rural