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Pelo menos 8 mil animais foram sacrificados na China na tentativa de conter a doença (Foto: Editora Globo)

 

_O Centro de Saúde e Epidemiologia Animal da China confirmou o quarto surto de febre suína africana no país. O surto mais recente atingiu três propriedades em Yueqing, na província de Zhejiang, a mais de 1.500 quilômetros de distância dos primeiros casos registrados no país. O vírus matou 340 animais nas três propriedades, de acordo com o website do Ministério da Agricultura da China.

Em outras áreas afetadas, pelo menos 8 mil animais foram sacrificados na tentativa de conter a doença, informou a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

No longo prazo, a doença pode elevar os preços globais de carne suína caso resulte em escassez na China, o maior produtor e consumidor mundial, disseram analistas. A China impôs em abril tarifas retaliatórias contra o produto norte-americano e as aumentou para 62% em julho. Os EUA são um dos principais fornecedores de carne suína para a China, e as tarifas tornaram o país asiático mais dependente do produto local.

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A distância entre as propriedades afetadas mais recentemente e a área onde o vírus foi encontrado pela primeira vez indica que ele se propagou mais do que se imaginava, disse a analista Chenjun Pan, do Rabobank. Isso terá um impacto negativo sobre os preços domésticos no curto prazo, afirmou.

A febre suína africana não afeta humanos mas costuma ser fatal para suínos. É uma doença altamente contagiosa, que coloca em risco o plantel chinês de mais de 400 milhões de animais. Não há tratamento para a doença, e autoridades sacrificam animais para erradicá-la. Criadores chineses devem enviar um maior número de animais para o abate por temores de que a doença chegue às suas fazendas. Isso vai elevar a oferta de carne suína e pressionar as cotações no mercado doméstico.

Além disso, se a infecção se espalhar e mais animais forem sacrificados, a demanda por carne suína produzida na China provavelmente vai diminuir, resultando em maior procura por carne importada, disse o analista independente Simon Quilty. 

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Source: Rural

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