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A inglesa Anna Chojnicka com a sua arte na casca de banana (Foto: Anna Chojnicka/Reprodução Instagram)

 

Diz o ditado que “cabeça vazia é este lugar para o diabo”. No caso da inglesa Anna Chojnicka, 35 anos, o tédio da quarentena imposta por suspeita de Covid-19, em abril do ano passado, em seu apartamento em Londres, virou uma oficina de arte na casca de banana.

Ela desenvolveu a técnica de criar tons diferentes a partir da oxidação das cascas (Foto: Anna Chojnicka/Reprodução Instagram)

 

Anna estava tão entediada que começou, distraidamente, a passar a ponta do garfo pela parte externa da casca de banana e as linhas escuras formadas lhe pareceram interessantes. Apenas com a pressão sob a casca, sem usar tinta, ela passou a desafiar a própria criatividade e criou o seu hobby.

Cada dia, Anna produz uma nova arte nas cascas (Foto: Anna Chojnicka/Reprodução Instagram)

 

Desde esse dia, há mais de um ano, Anna descobriu o que pode fazer esmagando uma casca de banana. E assim tem postado suas criações diárias no Twitter e no Instagram, onde já tem milhares de seguidores.

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“Não perdi um dia, mas sei que não posso continuar assim para sempre”, disse ela em entrevista do jornal The Washington Post, acrescentando que inspeciona seu esboço diário, tira uma foto e depois come a banana. Desperdício não é seu hobby.

A artista reproduz obras de arte famosas na casca de banana (Foto: Anna Chojnicka/Reprodução Instagram)

Sua arte ganha vida por oxidação da banana, à medida que as enzimas em suas células são liberadas e interagem com o oxigênio do ar. Células que estão danificadas – porque foram cutucadas com um garfo ou deixadas cair no chão – escurecem mais rápido.

Variando quando aplicava as marcas, Anna descobriu que podia criar uma paleta de tons, resultando em imagens surpreendentemente complexas.

Sua popular arte em banana varia de desenhos animados familiares a retratos meticulosamente traçados de pessoas como a jovem ativista Greta Thunberg. Ela ainda faz trocadilhos, como um zíper em torno de uma banana parcialmente descascada. Muitas vezes, inspira-se em eventos atuais, como a campanha de vacinação contra o coronavírus.

Durante o dia, Anna trabalha para uma empresa que apoia negócios locais com foco em questões sociais ou ambientais. Ela também começou aulas on-line ensinando a outras pessoas a delicada arte de esboços de banana.

Arte na casca de banana (Foto: Anna Chojnicka/Reprodução Instagram)

 

Caridade

Com a ajuda de seus seguidores nas redes sociais, ela arrecadou cerca de US$ 1,6 mil para a FareShare, uma instituição de caridade no Reino Unido que fornece alimentos para pessoas necessitadas.

(Foto: Anna Chojnicka/Reprodução Instagram)

Após perceber que sua arte frutada tinha seguidores, decidiu se ramificar em outras causas. Ajudou, por exemplo, a chamar a atenção para a Grande Barragem da Renascença Etíope, que visa suprir a escassez de energia do país. Anna contou que sentiu-se próxima desse projeto porque trabalhou na Etiópia por quatro anos e porque a barragem “tem o potencial de tirar as pessoas da pobreza”.

Anna também se inspira em projetos sociais na África (Foto: Anna Chojnicka/Reprodução Instagram)

Ela contou também que recentemente fez um workshop para uma instituição de caridade que apoia membros idosos da comunidade, que muitas vezes estão isolados e sofrendo com a solidão.

 

A atividade, segundo ela, também reforça que o hobby tem componentes sociais e terapêuticos: “Vocês estão machucando as bananas juntos, mas também podem usar o tempo apenas para conversar e bater um papo, e isso desenvolve a atenção plena e a criatividade”.

Arte na casca de banana (Foto: Anna Chojnicka/Reprodução Instagram)

 
Source: Rural

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