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Comparação entre o Rio Verde em 1970 e em 2017 mostra assoreamento do rio (Foto: Divulgação/Grupo Mantiqueira)

 

 

 

 

 

 

 

 

Com o objetivo de recompor e preservar o Rio Verde, principal fonte de abastecimento de água na cidade de Itanhandu, em Minas Gerais, o projeto “Produtor de Água” ganha novo fôlego. Depois de perceber a falta de recursos para a continuidade do programa, o Grupo Mantiqueira resolveu assumir os custos da iniciativa, na qual atua desde o ínício por meio de cooperação técnica.

Em nota, a empresa informa ter ficado responsável por fazer um diagnóstico da bacia hidrográfica, cercamento para proteção das nascentes e criação de áreas de sombreamento para criações de gado. Além da proteção de reservas florestais, habitat de fauna nativa e a recuperação de áreas com erosão já existente.

Segundo o grupo, ainda há muito a ser feito, mas essas intervenções são fundamentais para ajudar a proteger as nascentes e criar condições para o retorno da produção de água limpa. “É preciso também conscientizar os ocupantes da bacia da necessidade de uma recuperação e manutenção dos recursos hídricos, tão necessários para a economia do município”, afirma Leandro Pinto, presidente do Grupo Mantiqueira, no comunicado.

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O programa Produtor de Água foi criado em 2014. Seu objetivo é o estudo e a recuperação da bacia hidrográfica do Alto Rio Verde, no município de Itanhandu. O rio é o principal manancial para os 14 mil habitantes do município, que abriga também suas naescentes, além de abastecer outros 31 municípios do sul de Minas Gerais ao longo de seu curso de 220 quilômetros.

A iniciativa de preservação começou a ser posta em prática a partir de um estudo sobre as características da bacia hidrográfica, dividida em 34 microbacias. O trabalho inclui também nascentes, remanescentes florestais e uso de solo.

De acordo com o divulgado pelo Grupo Mantiqueira, esse estudo constatou que a ocupação das áreas das microbacias provocou desflorestamento, diminuindo a vazão dos córregos. A partir daí, começou a ser desenvolvido um trabalho de reabilitação da bacia hidrográfica, começando por seus afluentes.

Iniciada pelo riacho do Imbiri, a execução desse plano terminou em 2020. Conforme a empresa, resultou em proteção de áreas de preservação permanente (APP) e reservas florestais, além de controle da erosão na estrada rural.

"O projeto serviu como modelo de aprendizado das ações necessárias, para a recuperação ambiental, seus custos financeiros e sociais, servindo como referência para a recuperação das outras 33 microbacias", explica a empresa, em comunicado.

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Source: Rural

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