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Sebastián Popik (E) e Tomas Romero (C), sócios da Aqua Capital, e Welles Pascoal, CEO da AgroGalaxy (Foto: Divulgação/AgroGalaxy)

 

Uma nova holding de distribuição de insumos chega ao mercado a partir desta sexta-feira (16/10). A AgroGalaxy foi criada a partir do fundo de investimento Aqua Capital e é resultado da fusão das empresas Rural BR, Sementes Campeã, Agro100, AgroFerrari, Grão de Ouro, Semente Fróes, CDB e a agtech GeoData.

Após aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na semana passada, a holding passa a atuar em mais de 900 cidades em nove Estados, o que representa 14% das terras agricultáveis do Brasil. As oito empresas, juntas, atuam em 9 milhões de hectares e faturam R$ 4,2 bilhões por ano.

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Conforme explica Welles Pascoal, CEO da AgroGalaxy, as marcas continuarão sendo usadas por haver fidelidade por parte do produtor rural, mas o nome da holding começará a ser inserido, para ajudar a criar o conceito de integração das empresas.

“Nós não tivemos de abrir mão de nenhum produto, porque a produção de produtos próprios é muito pequena. Estamos nos posicionando como maior e melhor varejo de produtos agrícolas no país. Não configura monopólio de jeito nenhum”, esclarece Pascoal.

Ele enfatiza que a AgroGalaxy deseja se destacar no mercado, não apenas como uma distribuidora de insumos, mas também agregar valor à experiência do produtor. Para isso, a holding deve se manter de olho nas cooperativas, já que Pascoal admite que elas são fortes concorrentes na distribuição de insumos, além de referência aos produtores.

Quanto mais fontes de capital disponíveis para o produtor, mais benéfico será para ele

Tomás Romero, partner do Fundo Aqua Capital

A fim de garantir uma boa fatia do mercado de R$ 46,8 bilhões, segundo dados da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (ANDAV), a holding está investindo em cerca de 20 a 30 novas revendas até 2021 – algumas têm previsão de serem inauguradas ainda neste ano. Outra meta é aprimorar serviços como barter, seguros e certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs).

“Com certeza, no mercado do agro, estão começando a emergir novas soluções. A partir da CPR Eletrônica e diferentes formas de monetizar títulos no mercado, será uma oportunidade, mas estamos pensando essa reestruturação, porque quanto mais fontes de capital disponíveis para o produtor, mais benéfico será para ele”, afirma Tomás Romero, partner do Fundo Aqua Capital e responsável pela formação da AgroGalaxy até Welles Pascoal assumir a holding.

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As novas revendas também refletem a percepção de Pascoal sobre a digitalização no setor. Para ele, a internet auxilia no acesso ao portfólio de produtos, mas o relacionamento próximo com a loja física deve se manter.

“Venda de insumos por internet é muito complicado. Primeiro, porque é preciso receituário agronômico e sistema de transporte que seja apropriado e aprovado pelas leis que regem a questão do agroquímico. Digitalização é um complemento de tudo que já fizemos com ele [o produtor]”, defende.
Source: Rural

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