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Sede da Embrapa. Empresa passa a participar de iniciativa científica internacional (Foto: Divulgação)

 

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) anunciou nesta sexta-feira (22/5) que passa a integrar a iniciativa internacional CoronaSurveys, uma ação científica conjunta entre institutos de pesquisa e universidades de 13 países. No Brasil, a unidade Embrapa Instrumentação, de São Carlos (SP), um dos 42 centros de pesquisa do órgão, vai centralizar os trabalhos, cujo objetivo é monitorar a incidência da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, por meio de pesquisas abertas e anônimas.

De acordo com nota divulgada pela Embrapa, o projeto vai coletar e publicar dados referentes ao número de pessoas que contraíram ou manifestaram sintomas compatíveis com a Covid-19 em diferentes países. Os dados serão utilizados para estimar o número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus em um determinado momento, e a sua evolução ao longo do tempo. “Além de contribuir na divulgação, a Embrapa Instrumentação apoiará o projeto em pesquisa e desenvolvimento focados na análise e modelagem dos dados obtidos”, explica Ednaldo José Ferreira, Doutor em Ciências da Computação e Matemática Computacional.

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Segundo ele, a carência de testes laboratoriais e subnotificações provocam impactos muito significativos nas estatísticas da pandemia na maioria dos países. “Aquilo que vemos, em termos de estatísticas de contaminados, é somente a ponta do iceberg da contaminação, e existem estudos que estimam o tamanho desse iceberg. O CoronaSurveys alinha-se a esses estudos, mas o faz por meio de um sistema de informações simplificado e baseado no conhecimento das multidões. Os resultados preliminares obtidos para Portugal e Espanha foram muito promissores nas estimativas dos icebergs de contaminados daqueles países”, conta Ferreira.

O CoronaSurveys é conduzido por uma equipe liderada pelo pesquisador do  Instituto Madrileño De Estudios Avanzados (IMDEA), Antonio Fernandes Anta, e envolve universidades e institutos de pesquisa. Entre elas estão a Universidade de Washington (EUA), a Universidade Di Trento (Itália), a Universidade de Kaiserslautern (Alemanha) e a Universidade de Edimburgo (Escócia).

No Brasil, a Embrapa mantém uma rede de parceria com órgãos que atuam na ciência de dados, como a Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Araraquara (SP). “Esforços científicos de modelagem para melhorar estimativas e outros que auxiliem na divulgação da iniciativa são muito bem-vindos”, comentou o líder espanhol do CoronaSurvey.

A Embrapa já contribui com diferentes ações no combate ao novo coronavírus, como a disponibilização de infraestrutura, equipamentos e pessoal para realização de testes RT-PCR; doação de EPIs laboratoriais e promoção de campanhas de doação de alimentos para a população carente. Para o chefe-geral da Embrapa Instrumentação, João de Mendonça Naime, tais esforços em modelagem de dados, em um projeto como este, poderão trazer experiências enriquecedoras que ajudarão a traçar cenários diante de novos surtos, epidemias e pandemias ou até mesmo em sinistros sanitários diretamente ligados ao agronegócio.

Serviço

Para participar da pesquisa é só acessar a página do projeto. É rápido, são cerca de dois minutos para responder as questões. Um vídeo, com considerações sobre o preenchimento do questionário está disponível no canal oficial da Embrapa no Youtube.
Source: Rural

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