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Em razão das pressões exercidas pela criação animal aos recursos naturais e aos riscos à saúde associados ao alto consumo, cada vez mais organizações defendem a ideia de integrar esses custos externos ao preço da carne (Foto: JBS/Divulgação)

 

Organizações não governamentais (ONG’s) holandesas apresentaram, nesta semana, um relatório ao parlamento europeu pleiteando a aplicação de uma “taxa de durabilidade” à carne em função dos efeitos colaterais provocados pela criação animal ao meio ambiente e à saúde. Em razão das pressões exercidas pela criação animal aos recursos naturais e aos riscos à saúde associados ao alto consumo, cada vez mais organizações defendem a ideia de integrar esses custos externos ao preço da carne.

A quantia recolhida com a taxa serviria para ajudar os agricultores a converter os modos de produção em mais sustentáveis e a incitar os consumidores a reequilibrar sua alimentação, como sugeriu a True Animal Protein Price Coalition (TAPPC – Coalisão pelo Preço Justo das Proteínas Animais, sigla em inglês).

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As propostas da TAPPC, que reúne cerca de 30 organizações holandesas de setores de meio ambiente, agricultura, de bem-estar animal e de saúde, foram apresentadas na quarta-feira (5/2) em reunião com o eurodeputado Bas Eickhout, vice-presidente do partido Verde. “A carne induz a custos externos significativos que não são refletidos no seu preço ao consumidor e, por isso, necessita de uma correção rápida”, alegaram os holandeses.

Em um relatório sobre as mudanças climáticas e de terras publicado em agosto de 2019, o Grupo de Experts Intergovernamental sobre a Evolução do Clima (GIEC, sigla em inglês) observou que “a carne, e em particular a carne de ruminantes (bovinos), é o alimento com o maior efeito sobre o meio ambiente”.

O assunto preocupa a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) há muitos anos. Em 2015, a FAO revelou uma “inquietante distorção entre o preço de venda dos alimentos e o custo real de produção. Em consequência, a comida produzida a custo ambiental muito elevado pode soar menos cara que as alternativas de produtos mais sustentáveis”.
Source: Rural

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