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Começa a chegar em julho às prateleiras das lojas e supermercados a primeira marca de açúcar mascavo dotada de um sistema de rastreabilidade baseado em blockchain, tecnologia de ponta capaz de atestar a transparência e a integridade das informações do produto. Por um QR Code estampado na embalagem do produto, qualquer pessoa poderá verificar as informações sobre a origem e o processo de fabricação. O tipo mascavo é valorizado no segmento de produtos naturais e saudáveis, mas ainda é alvo de casos de adulteração.

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Açúcar mascavo é rastreado por blockchain (Foto: Embrapa)

 

Ao longo de três anos, uma equipe de especialistas da Embrapa Agricultura Digital (SP) trabalhou no desenvolvimento do Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade (Sibraar). A tecnologia foi customizada para o açúcar mascavo e validada na planta agroindustrial da Usina Granelli, parceira no projeto-piloto. Agora, a empresa será a primeira licenciada a comercializar o produto rastreado, que vai levar o selo Tecnologia Embrapa.

Os pesquisadores da Embrapa explicam que o sistema foi introduzido no processo de produção neste mês de junho, dando início aos primeiros lotes com rastreabilidade via blockchain. Pelo contrato de licenciamento, uma porcentagem das vendas será revertida para a Embrapa na forma de royalties. O desenvolvimento do projeto também contou com o apoio da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana).

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Para cada lote do açúcar mascavo da Granelli, serão disponibilizadas a data de produção, a variedade de cana utilizada e a identificação e geolocalização da propriedade rural que forneceu a matéria-prima para aquele lote, conforme as regras previstas na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Também serão fornecidas informações sobre a análise microbiológica do produto e sobre os parâmetros físicos e químicos daquele açúcar, como teor de sacarose, umidade e cor.

O sistema da Embrapa foi concebido inicialmente para o setor sucroenergético, mas pode ser customizado também para a agroindústria vinculada a outras cadeias agrícolas, como a de grãos. Para o pesquisador Alexandre de Castro, líder do projeto, tem crescido a exigência de mercados consumidores internos e externos por alimentos mais seguros e sustentáveis.

“A adoção de ferramentas com tecnologias do tipo blockchain embarcadas surge como alternativa importante para atender esse mercado uma vez que possibilitam que cada lote fabricado receba uma assinatura digital única para criar uma trilha segura de auditabilidade dos dados”, destaca.

(Foto: Embrapa)

 
Source: Rural

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