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A Argentina – um dos maiores exportadores mundiais de produtos agrícolas e concorrente do Brasil em alguns mercados  – está enfrentando uma crise entre o atual governo e produtores rurais. Medidas adotadas pela equipe do presidente Alberto Fernández tem gerado protestos e conflitos com o setor produtivo.

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Seleção de cortes de carne bovina em açougue em General Pacheco, na Argentina (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)

 

As políticas mais polêmicas são relacionadas a restrições de vendas ou taxação de produtos destinados ao mercado externo, o que acaba tirando competitividade do produto argentino e causando descontentamento aos produtores. Essa estratégia visa garantir o abastecimento interno sem gerar mais inflação – que está alta no país. Para fins de comparação, neste ano, por exemplo, a inflação projetada para Argentina é de 65%, enquanto no Brasil está abaixo de 6%.

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Com a disparada nos preços, o consumo interno de diversos produtos despencou na Argentina. Até a carne, item bastante popular por lá, assim como no Brasil, tem sofrido com esse cenário econômico. Segundo dados da Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados (CICCRA), no primeiro quadrimestre deste ano, houve uma redução de 2,4% no abate de animais, mas exportação e consumo interno também caíram muito em função de preços.

A carne bovina foi um dos alvos recentes do governo, que proibiu a exportação dos sete cortes mais populares. A intenção é evitar a falta desses produtos nos lares argentinos, mas a medida gerou um grande descontentamento dos criadores de boi do país, que ainda reclamam da falta de dados oficiais e de transparência sobre o desempenho das vendas externas.

Ouça o CBN Agro, de segunda a sexta-feira, às 5h45, no CBN Primeiras Notícias, e às terças-feiras, às 13h25, no CBN Brasil.

Source: Rural

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