Confira os destaques desta sexta-feira (03/6)
Destaques do Dia (Foto: Estúdio de Criação)
Preço do boi-China
As suspensões de frigoríficos brasileiros por parte do governo chinês – desde que o país passou a enfrentar uma nova onda de contaminações por Covid-19 – têm gerado prejuízo para pecuaristas que trabalham com o chamado boi-China. Esses animais, criados para serem abatidos com até 30 meses de idade, vinham sendo vendidos a preços de R$ 20 por arroba acima do mercado nacional. Mas os produtores viram esse ágio desabar, chegando a vender boiadas inteiras para consumo no mercado interno e sem bonificação. Com três frigoríficos habilitados para exportar para a China – sendo dois da JBS – Goiás está entre as praças pecuárias mais afetadas pelas suspensões.
Frigoríficos carne (Foto: Getty Images)
Preço mundial de alimentos
Os preços mundiais dos alimentos caíram em maio pelo segundo mês consecutivo, após atingirem um recorde em março, embora o custo dos cereais e da carne tenha aumentado, disse a agência de alimentos das Nações Unidas nesta sexta-feira. O índice de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que acompanha as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, atingiu uma média de 157,4 pontos no mês passado, contra 158,3 em abril. O número de abril foi anteriormente fixado em 158,5. Apesar do declínio mensal, o índice de maio ainda estava 22,8% acima do ano anterior, impulsionado em parte por preocupações com o impacto da invasão russa da Ucrânia.
Verduras (Foto: Divulgação/Koelnmesse)
Colheita de algodão
As regiões norte e nordeste de Mato Grosso do Sul iniciaram a colheita da safra 2021//22 do algodão, segundo a Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul). As regiões se juntam ao sul do Estado, que já colhe desde o fim de abril. A Ampasul estima que cerca de 40% da safra esteja comercializada. A área plantada com a fibra no Estado é estimada em 26.148 hectares. De acordo com a associação, a expectativa é de uma produtividade de 300 arrobas de algodão em caroço por hectare, enquanto a estimativa de produção da pluma é de mais de 48 mil toneladas. Segundo a associação, a produtividade da região sul do Estado será menor quando comparada à safra anterior devido à estiagem que atingiu a região.
Colheita de algodão (Foto: Divulgação/John Deere)
GranBio planeja dobrar produção de etanol
A GranBio, pioneira em etanol de segunda geração (E2G) no Brasil, iniciou um processo de investimento para dobrar a capacidade de produção de combustíveis avançados na BioFlex, unidade do grupo em São Miguel dos Campos (AL), disse o CEO e fundador da empresa à Reuters. Segundo Bernardo Gradin, a Bioflex terá sua capacidade de produção elevada para 60 milhões de litros até 2024, e parte dessa expansão poderá ser convertida para a fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), cuja matéria-prima, assim como a do E2G, é composta por biomassa, como resíduos agrícolas. anto o etanol 2G como o SAF estão despertando interesse de players no Brasil, país que tem grande potencial de desenvolver tais combustíveis avançados, já contando com demanda especialmente na Europa.
Usina de etanol celulósico da GranBio (Foto: Divulgação/GranBio)
PIB da Agropecuária
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira (2/6), os dados relacionados ao PIB da agropecuária brasileira no primeiro trimestre deste ano e os números chamaram atenção por surpreenderem as projeções prévias dos analistas. Segundo o órgão, o PIB Agro caiu 8% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e atribuiu a esse desempenho a redução na produção de alguns produtos e os problemas climáticos; dentre os alimentos citados, estão a soja, o arroz e a mandioca. Mas não é só o clima o responsável pelas quedas na produção. Em muitos casos, isso também ocorreu pela redução no plantio dessas culturas no campo, pois quanto menos se planta, menos se colhe e menos se fatura.
Lavoura de soja (Foto: REUTERS/Jose Roberto Gomes)
Colheita de milho
A colheita do milho de segunda safra no Brasil 2021/22 atingiu 3,30% da área, contra apenas 0,27% na mesma época do ano passado e 2,15% na média dos últimos cinco anos, no "ritmo mais acelerado da história", afirmou a consultoria Pátria AgroNegócios nesta sexta-feira (03/6). O Mato Grosso lidera a colheita com quase 6% da área colhida, disse a consultoria, notando que os resultados de produtividade seguem com muita variabilidade. Mais cedo, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) informou que a colheita de milho do Estado, maior produtor do Brasil, havia atingido 5,98% da área até esta sexta-feira, avanço semanal de 3,61 pontos percentuais.
Milho (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)
Alta do dólar
O dólar fechou em leve declínio nesta sexta-feira, suficiente para manter a moeda abaixo da marca psicológica de 4,80 reais, num dia sem direção comum nas praças cambiais do exterior após dados fortes de emprego nos EUA endossarem expectativas de mais altas de juros na maior economia do mundo. O dólar à vista caiu 0,18%, a 4,7776 reais na venda. A divulgação de números de emprego nos Estados Unidos monopolizou as atenções do mercado nesta sessão. O relatório mostrou que a economia norte-americana adicionou 390 mil postos em maio, com a taxa de desocupação se mantendo em 3,6% pelo terceiro mês consecutivo.
Dólar (Foto: Flickr/Pictures of Money/Creative Commons)
Touros vendidos por R$ 1 milhão
O touro Olho Mágico, de 5 anos, considerado um dos melhores animais de rodeio da atualidade, foi vendido nesta semana por R$ 600 mil. O comprador, o empresário paranaense Tércio Miranda, levou ainda mais dois touros da Cia. Bananinha, totalizando um investimento de R$ 1 milhão. Briga de Galo, que já pertenceu à boiada de Tércio e tem uma longa série invicta, saiu por R$ 300 mil; e Caiçara, por R$ 100 mil. O negócio é visto como o maior do mercado de touros de pulo no país. Os três touros são a aposta do empresário em sua volta ao mundo dos rodeios pela terceira vez, agora com o plano estratégico de investir na criação de touros de pulo.
Touro Olho Mágico, que foi vendido por R$ 600 mil (Foto: Divulgação)
Vacas controladas por aplicativo
Vacas têm sido utilizadas pela Forestry and Land Scotland – FLS (agência governamental escocesa de fiscalização de florestas nativas) em teste que prevê aumentar a biodiversidade da Floresta de Galloway, no sudoeste do país. Com ferramentas tecnológicas acopladas aos animais, o objetivo é que eles passem a controlar o crescimento de plantas consideradas invasoras – como a das samambaias -, que têm se aproveitado dos recursos naturais da região, vencendo a competição natural com as espécies nativas da região e os ecossistemas que elas participam. Em entrevista à BBC, Kim Kirkbride, engenheira florestal da FLS, explica que o gado foi equipado com coleiras eletrônicas, ligadas a um aplicativo, que delimita o espaço pelo qual os animais podem circular, criando uma espécie de “cerca invisível”.
As coleiras elétricas, produzidas pela empresa norueguesa Nofence, possuem um GPS acoplado e são capazes de emitir som e pulsos elétricos (Foto: Reprodução/BBC)
Source: Rural