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Mato Grosso, o estado que mais produz grãos e carnes no Brasil, vai ter uma redução de 4 milhões de toneladas de milho neste ano. Com isso, a estimativa de colheita do produto caiu de 40 milhões para 36 milhões de toneladas e o motivo é a falta de chuvas. A informação é da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), que considera essa perda irreversível.

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Lavoura de milho afetada por seca (Foto: Reuters)

 

Segundo a entidade, algumas áreas de Mato Grosso estão sem receber chuvas ou recebendo baixíssimos volumes há 50 dias. Com o frio intenso, que deve durar mais algumas semanas no Brasil, e as possibilidades de formação de geadas até junho, quando começa o inverno, a quebra pode ser ainda maior. 

O risco não é apenas para o Mato Grosso. Todo o Centro-Oeste e o Sul, onde também se planta bastante milho nesta época do ano, podem ser afetados. A consultoria Agroconsult já reduziu a sua projeção para a produção do cereal em quase 5 milhões de toneladas.

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Se essa redução na safra se confirmar ou até se agravar, a tendência é que os preços do milho subam ainda mais. O produto já teve uma valorização grande no último ano e, consequentemente, isso afeta muitos outros setores, principalmente, o de criação animal, porque o milho é um insumo importante na alimentação de frangos e suínos. Além disso, as usinas que produzem etanol a partir de milho também podem ver os seus custos subirem com o cereal mais caro. 

Ouça o CBN Agro, de segunda a sexta-feira, às 5h45, no CBN Primeiras Notícias, e às terça-feiras, às 13h25, no CBN Brasil.

 
Source: Rural

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