Entidades das cadeias produtivas de soja e proteína animal se posicionaram a favor da expansão da produção e do uso de biodiesel. Em reunião com a Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), organizações como a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) e Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) se mostraram interessadas em aumentar a produção do biocombustível e diminuir a dependência sobre combustíveis fósseis.
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Soja, principal insumo de produção de biodiesel no Brasil (Foto: REUTERS/Jorge Adorno/File Photo)
Após reunião na quarta-feira (4/5), a FPBio sinalizou que apresentará ao governo federal um planejamento para que o país volte a aumentar o teor da mistura de biodiesel ao diesel derivado de petróleo, hoje em 10%. Em abril, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o governo federal estuda autorizar aumento do teor para 14% este ano e para 15% em 2023. No entanto, ainda não há previsão se isso realmente se concretizará.
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Governo ainda não tem previsão para retorno de mistura de 14% do biodiesel
“Produzir e usar mais biodiesel é questão de segurança energética. É preciso reduzir a dependência externa de combustíveis fósseis e a poluição que causam. Daí ser fundamental estabelecer logo este cronograma em colaboração com o governo federal”, diz o presidente da FPBio, Pedro Lupion. Para ele, é estratégico reduzir a dependência das importações de diesel e substitui-lo gradativamente pelo biodiesel.
Na reunião, a FPBio indicou que cada ponto percentual de biodiesel adicionado ao diesel representa movimentação extra na economia equivalente a R$ 30 bilhões anuais. O volume é contabilizado considerando toda a cadeia produtiva, desde a lavoura de soja até indústria e transporte.
Source: Rural