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A alemã Fendt e a indiana Mahindra, duas marcas de máquinas agrícolas que estrearam no mercado brasileiro nos últimos anos atendendo a produtores rurais de perfis bem diferentes, anunciaram na Agrishow 2022 resultados acima do esperado e projetam mais recordes de crescimento para os próximos anos.

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Fendt Momentum (Foto: Divulgação)

 

A Fendt chegou ao Brasil em 2019 com uma concessionária em Sorriso (MT), especializada na venda de tratores de mais de 340 cv. José Galli, diretor de vendas na América do Sul, diz que a marca atende ao setor da agricultura profissional que investe pesado em tecnologia na busca de maior produtividade. Sem citar números, o executivo diz que em 2022 a Fendt deve dobrar o volume de vendas de 2019. “Avançamos demais em três anos e neste ano já vamos entregar o resultado esperado para 2025. Nossa projeção é crescer mais de oito vezes até 2026.”

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Para alavancar esse crescimento, a indústria que hoje oferece um portfólio completo para a lavoura, do preparo à colheita, vai dobrar o time da fábrica e também o número de lojas, que hoje estão espalhadas por Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Goiás,  e Bahia. Em breve serão inauguradas lojas em Imperatriz (MA), Primavera do Leste, Querência, Juara, Nova Mutum (MT) e em Chapadão do Sul (MS). Até o fim do ano, haverá expansão para o Rio Grande do Sul, Piauí, Paraná e Tocantins. Em 2023, a previsão é abrir unidades em São Paulo e Paraná, além de atender Paraguai e Chile.

Marcelo Traldi, vice-presidente da marca na América do Sul, estima que nos próximos anos a participação dos tratores acima de 340 cavalos no mercado brasileiro deve crescer mais de cinco vezes, enquanto os equipamentos de menor potência devem apenas dobrar.

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A Fendt está apresentando em seu estande na Agrishow novos tratores de 385 cv a 517 cv, mas a grande atração é o 1100 Vario, de 618 cavalos, que só estará à venda para os produtores brasileiros em 2023. Atualmente, todos os tratores comercializados pela marca no país são importados. A colhedora de grãos Ideal, a maior do mercado brasileiro, tem 50% de nacionalização e a plantadora Momentum também já tem partes nacionalizadas. O preço da colheitadeira 9T varia de R$ 3 milhões a pouco mais de R$ 4 milhões e o trator 1050 está próximo de R$ 3,5 milhões.

Para o futuro, a marca alemã trabalha no desenvolvimento de um trator autônomo e de um modelo com motor elétrico, que deve ser lançado na Europa em 2024.  

Trator Fendt (Foto: Divulgação)

 

Mahindra

Há cinco anos no Brasil, a indústria líder mundial de vendas de tratores (355 mil unidades em 2021), foca na agricultura familiar e no pequeno e médio produtor, com equipamentos de 25 cv a 110 cv. Jak Torretta, diretor geral da marca no Brasil, diz que foram vendidos quase 1.800 tratores no ano fiscal de abril de 2021 a março de 2022, um crescimento de 81% em relação ao mesmo período anterior, enquanto o mercado registrou um aumento de 34%. O carro-chefe das vendas é o modelo de 80 cv.

No ano passado, diz Torretta, a Mahindra Brasil foi considerada pela matriz indiana o destaque entre as subsidiárias em volume e receita. De sete pontos de venda antes da pandemia, a marca expandiu para 60 pontos espalhados pelas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.

Com fábrica na cidade gaúcha de Dois Irmãos e mais uma unidade de montagem em Canoas (RS), a Mahindra oferece 13 modelos de tratores, sendo sete nacionalizados. A indústria tem capacidade de produzir 2.500 tratores por ano, mas já está pequena para a demanda, segundo o diretor. Uma nova fábrica, que também será instalada no Rio Grande do Sul e pode chegar ao triplo de capacidade, já teve seu projeto aprovado pela matriz e deve iniciar as obras ainda neste ano.

Torretta admite que a marca indiana teve que trabalhar muito no país para derrubar preconceitos, mas já conquistou seu espaço. Os tratores da Mahindra custam de R$ 70 mil a R$ 380 mil. “Nosso preço é similar ao dos concorrentes. Não queremos ser um trator barato. Mesmo sem eletrônica embarcada, nossos tratores são reconhecidos pela robustez, têm cinco anos de garantia, baixo consumo e alto custo benefício.”
Antes da pandemia, a marca anunciou que passaria a fabricar no Brasil uma colheitadeira, que dependia ainda de validações e deveria estar disponível em três anos. Torretta disse que o projeto foi adiado devido aos impactos da Covid-19, mas será retomado. O equipamento é fabricado por uma empresa finlandesa que pertence a Mahindra.

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Source: Rural

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