Com a finalidade de levar informações da agropecuária brasileira ao público leigo, a CropLife lança nesta terça-feira (22/6), em Brasília, o primeiro Atlas do Agronegócio.
Disponível de forma gratuita, o material traz um resumo sobre a história do setor no Brasil, desde a exploração da árvore Pau-Brasil até o desempenho como importante produtor e exportador de commodities.
Em entrevista à Globo Rural, o presidente da entidade, Christian Lohbauer, afirma que o conteúdo não tem o objetivo de tratar do cenário contemporâneo, mas de servir como material pedagógico, inclusive àqueles que desconhecem o setor e divulgam informações de forma equivocada.
Capa do Atlas do Agronegócio Sustentável, lançado pela CropLife nesta terça-feira (22/06) (Foto: Divulgação/CropLife)
“Nossa meta é que o material sirva de consulta para os assessores dos parlamentares europeus, ter todas as embaixadas com o material sobre a mesa”, ressalta Lohbauer, observando que outra meta é o material cheguar às escolas e ao público jovem.
A CropLife congrega empresas com origem europeia, por isso, o presidente confessa que é um desafio propor a consulta do Atlas às embaixadas e, ao mesmo tempo, não se indispor com as multinacionais no território brasileiro.
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“Esse desafio de adaptação dos novos temas de agricultura sustentável é um dilema para essas empresas. Se a Bayer e a Basf, por exemplo, estiverem insatisfeitas com os dados, são dados que mostram a realidade. O debate é de verdade, é jogar na transparência. Mas entendo que as empresas sabem da integridade dos dados e trabalham para o setor ser cada vez mais sustentável”, esclarece.
Lohbauer reforça que as informações colocadas estão baseadas em fontes confiáveis, inclusive no âmbito internacional, como Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
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No entanto, ele admite que alguns dados ficaram de fora do Atlas, como, por exemplo, o baixo número de análises do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que impedem a evolução do Código Florestal. “Poderia ter citado, realmente. Tem algumas coisas que ficaram de fora e poderiam ter colocado, o CAR é um exemplo”, pondera.
Source: Rural