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(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

 

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, admitiu, em entrevista na manhã desta quinta-feira (22/4) sobre a Cúpula do Clima, que a pasta ainda não definiu quanto será destinado no combate ao desmatamento ilegal no país em 2021.

Mesmo assim, Salles ressaltou o compromisso divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro de dobrar o valor que for definido ainda nesta semana no orçamento da União.

"Não é possível determinar o número preciso porque justamente nessa semana isso está se definindo junto ao Congresso, porém, o que é possível dizer é que o que houver disponível, o presidente irá dobrar esse recurso”, prometeu.

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O ministro reafirmou que a meta de zerar o desmatamento ilegal até 2030 vai permitir a redução em 50% das emissões de gases de efeito estufa. Disse, ainda, que o Brasil apresentou aos Estados Unidos um plano de ação com relação ao enfrentamento do desmatamento, incluindo o reforço na fiscalização e policiamento.

“Lembrando que o pagamento pelos serviços ambientais é fundamental para colaborar na redução do desmatamento e tem como principal fonte o esperado mercado de créditos de carbono, cujos mecanismos são previstos nos artigos 5 e 6 do Acordo de Paris. A regulamentação dos mecanismos, que é o grande objetivo da COP-26, trará recursos vultosos para o pagamento pelos serviços ambientais”, destacou.

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Segundo o ministro, o país precisa de US$ 1 bilhão por ano para cumprir um plano apresentado ao governo norte-americano que permitiria reduzir o desmatamento ilegal em 30% a 40% em 12 meses.

"O Brasil receber esse apoio para o plano é bastante razoável. Isso se insere dentro da ajuda que foi colocada pelo presidente Joe Biden na campanha, de US$ 20 bilhões", disse Salles.

Ele se referiu a fala de Biden na disputa eleitoral dos EUA, de que poderia reunir um grupo de países para investir US$ 20 bilhões para o Brasil parar de desmatar a Amazônia, bem como impor sanções se o país não avançasse nesse sentido – à época, Salles e Bolsonaro rechaçaram e criticaram a ideia.

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Sobre a suspensão do Fundo Amazônia, declarada na carta enviada pela Noruega ao Brasil, Salles disse que pode ser restabelecida a parceria e que há, inclusive, entendimentos nesse sentido.

“Se, ao final do ano de medição do desmatamento, que se encerra no dia 31 de julho, houver um número final de queda, abre-se a possibilidade de reestabelecimento, mas é uma questão que remonta a posição dos doadores, inclusive a Noruega”, destacou.

Salles mudou o tom do discurso na época da suspensão das verbas do Fundo Amazônia, ressaltando a importância da colaboração de países e instituições nacionais e estrangeiras para o cumprimento da meta do governo de redução das emissões de gases estufa em 50% até 2030.

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“O governo coloca os seus recursos de agências ambientais, Polícia Federal, logística das Forças Armadas e abre a possibilidade para que países, empresas e entidades nacionais e internacionais colaborem com o robustecimento do orçamento para a redução do desmatamento ilegal que se dá em duas frentes: tanto sob a ótica do comando e controle quanto dos incentivos econômicos e das medidas estruturantes que precisam ser feitas, dentre elas a regulamentação fundiária, o zoneamento econômico ecológico, a bioeconomia e o pagamento pelos serviços ambientais”, afirmou Salles.
Source: Rural

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