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(Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

 

Usinas e destilarias no Centro-Sul do Brasil processaram 45 mil toneladas de cana-de-açúcar na segunda quinzena de janeiro, queda de 48,73% em comparação com igual período de 2020, quando foram moídas 87 mil toneladas. Os dados fazem parte do levantamento da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), divulgado nesta quarta-feira (10/2). A região está em período de entressafra. Segundo a Unica, ainda operam duas unidades processadoras de cana, cinco que trabalham exclusivamente com milho e outras duas que processam ambas as matérias-primas.

O diretor Técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, afirmou em nota que "no período de entressafra deverá prevalecer a oferta de etanol a partir do milho e o uso do estoque nos produtores, dado que o início da colheita de cana-de-açúcar na região Centro-Sul deverá acontecer somente no final do primeiro trimestre".

O mix sucroenergético na quinzena ficou em 80,59% para o etanol e 19,41% para o açúcar. A fabricação do adoçante foi de 2 mil toneladas nos últimos 15 dias do mês, 48,99% a menos do que no mesmo período de 2020.

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A produção de etanol, por sua vez, alcançou 120 milhões de litros na segunda quinzena de janeiro, 16,55% a mais do que os 103 milhões de litros de igual período do ciclo 2019/20. Desse volume, porém, 115,69 milhões de litros foram de etanol de milho.

Do total de biocombustível produzido, o hidratado, utilizado diretamente no abastecimento dos veículos, representou 77 milhões de litros, enquanto o etanol anidro, adicionado à gasolina, somou 43 milhões de litros. O volume do anidro representa um avanço expressivo de 503,82% na comparação anual; já o hidratado apresenta recuo de 19,46%.

A qualidade da matéria-prima processada na segunda quinzena de janeiro, medida a partir da concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), atingiu 226,05 kg por tonelada na última quinzena do mês ante 150,55 kg verificados em igual quinzena da safra passada, alta de 50,15%.

Acumulado

A moagem de cana no acumulado da safra 2020/2021 atingiu 597,634 milhões de toneladas, aumento de 3,16% sobre os 579,301 milhões de toneladas de igual período do ciclo 2019/2020. No acumulado do ciclo 2020/2021, a safra alcançou 145,16 quilos de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, 4,29% superior ao valor apurado no último ciclo agrícola.

Desde o início da safra 2020/2021 até 1º de fevereiro, 46,21% da matéria-prima foi destinada à fabricação de açúcar, ante 34,48% em igual período de 2019/20. Assim, a produção acumulada de açúcar soma 38,195 milhões de toneladas, montante 44,18% superior aos 26,491 milhões de toneladas produzidas um ano antes.

Já o volume de etanol produzido no acumulado da safra 2020/2021 totalizou 29,541 bilhões de litros, 8,67% inferior ao assinalado na última safra, com o etanol anidro recuando 2,26% e o hidratado, 11,49%.

O mix desta temporada tem sido mais açucareiro porque as usinas aproveitam os bons preços do adoçante em reais – causados pela quebra de safra de outros produtores importantes, pela desvalorização do real ante o dólar e pela indefinição com o subsídio para exportações da Índia – e porque a pandemia da covid-19 reduziu a demanda por combustíveis no País durante alguns meses do ano passado.

A Unica destaca em nota que as exportações do adoçante em 2020 alcançaram 30,63 milhões de toneladas, de acordo com a Secex, maior volume em dez anos; e que as vendas ao mercado interno na safra 2020/21 chegaram a 7,58 milhões de toneladas em 1º de fevereiro, aumento anual de 3,11%.O etanol de milho tem produção acumulada de 2,09 bilhões de litros desde o início do ciclo agrícola, o que representa 7,09% do total do biocombustível produzido.
Source: Rural

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