(Foto: Scania/Divulgação)
O agronegócio se mantém forte, diante de previsões de safra recorde, e vem ajudando na recuperação do setor de transportes, verificada desde o mês de agosto do ano passado.
Ainda que a pandemia do novo coronavírus siga provocando seus efeitos pelo mundo, a expectativa é positiva para a demanda por caminhões. A avaliação é da montadora Scania, que projeta crescimento nas vendas do segmento neste ano.
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“É lógico que a pandemia continua e segue impactando o mundo, mas o setor de transportes iniciou uma retomada a partir de agosto passado e não há sinais de desaceleração. O agronegócio segue forte”, diz o diretor de Vendas de Soluções no Brasil, Silvio Munhoz.
“A recuperação da produção industrial vem demandando muitos caminhões e fazendo a economia girar. O Banco Central aposta em um crescimento de 5% para este ano”, acrescenta, segundo nota divulgada pela empresa.
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No segmento fora de estrada, a Scania acredita em cenário positivo para setores como infraestrutura e construção civil. No agronegócio, avalia que o setor de açúcar e etanol traz uma perspectiva favorável, já que sofreu menos o impacto da crise trazida pela pandemia, além de possibilitar uma demanda por veículos a biometano.
A Scania destaca que, de acordo com as projeções da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o mercado de caminhões pode crescer 15% neste ano. Para acompanhar essa tendência, a empresa aposta em melhorias no que chama de nova geração de veículos, que está no mercado desde 2018.
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Uma dessas melhorias, de acordo com a Scania, é um novo sistema de aceleração, com a promessa de economia de 15% a 20% de combustível em relação ao sistema anterior. A nova tecnologia chega ao mercado ainda neste mês para toda a linha da fabricante.
A empresa espera ainda ampliar as vendas de modelos movidos a gás natural e biometano, no mercado desde 2019. No ano passado, as vendas chegaram a 70 unidades. Neste ano, a expectativa é chegar a 200.
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Na visão da empresa, este modelo, atualmente, é a alternativa mais viável ao diesel entre combustíveis considerados mais sustentáveis, tendo em vista uma futura eletrificação de veículos pesados.
“A Scania vem provocando transformações profundas no mercado desde que anunciou a chegada da linha movida a gás natural e/ou biometano. Cada dia mais e mais embarcadores incentivam seus transportadores para colocarem em suas frotas alternativas ao diesel”, diz Munhoz.
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Balanço de 2020
No ano passado, com um mercado bastante afetado pela pandemia, a Scania registrou 8,712 mil caminhões emplacados. Em 2019, tinham sido 12,755 mil. Em sua faixa de atuação – semipesados e pesados, acima de 16 toneladas – a participação de mercado foi de 12,9%. O agronegócio foi um dos setores de destaque, de acordo com a empresa.
“Ficamos com a fábrica fechada por um mês, fomos os primeiros a reabrir em 27 de abril, mantivemos 95% da nossa carteira no auge da pandemia e acompanhamos o desenrolar dos meses ao lado dos nossos clientes. Ficaram diversas lições e o mercado, a indústria e os clientes passaram por transformações que já estão incorporadas no dia a dia”, avalia Munhoz.
Source: Rural