(Foto: Getty Images)
O índice de preços dos alimentos no atacado da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) fechou novembro com elevação de 2,14%, na comparação com o mês anterior. Em 12 meses, a alta é de 17,5% e de 15,9% desde o início do ano.
Conforme comunicado da companhia, dois setores se destacaram pela elevação: frutas e diversos. Já os setores de legumes e verduras apresentaram forte queda. "As hortaliças de ciclo curto como rabanete, agrião, alfaces, rúcula, cebolinha entre outros, favoreceram a recuperação de perdas de produção e contribuíram para a estabilização dos preços", informa.
saiba mais
Dólar alto e auxílio emergencial puxam preços dos alimentos para níveis históricos no Brasil
A Ceagesp considera que, com a chegada do verão, existe a possibilidade de elevações dos preços nos setores e perda de qualidade por causa do excesso de chuvas e altas temperaturas.
Mesmo assim, a tendência para dezembro é de aumento do volume ofertado em virtude das festas de fim de ano, que tendem a ser em menor número e menos grandiosas por causa da pandemia.
saiba mais
Alimentos puxam maior alta da inflação em outubro desde 2002, aponta IBGE
Altos e baixos
Em novembro, o setor de frutas aumentou 5,46%. As principais altas foram nos preços de maracujá azedo (52,6%), caju (50,1%), abacate margarida (39,1%), atemoia (33,0%) e banana maçã (25,5%). As principais quedas ocorreram com limão taiti (-45,4%), figo (-30,9%), maracujá doce (-19,2%) e mangas tommy atkins (-19,1%) e palmer (-17,1%).
O setor de legumes registrou baixa de 7,84%. As principais quedas ocorreram nos preços da vagem macarrão curta (-39,2%), berinjela (-39,0%), pepinos japonês (-37,1%), caipira (-30,9%) e comum (-23,9%), pimentão verde (-26,7%) e berinjela japonesa (-23,8%). As maiores altas foram para inhame (28,1%), cenoura (22,2%), abóbora moranga (21,7%), pimentão vermelho (20,0%) e beterraba (16,8%).
saiba mais
Acesso a alimentos é gravemente desigual em todo o mundo, diz ONU
O setor de verduras apresentou queda de 7,14%. As principais baixas foram nos preços de brócolis ramoso (-28,6%) e ninja (-22,3%), couve-flor (-24,9%), rúcula (-24,0%), salsa (-20,2%) e rabanete (-15,4%). As maiores altas ocorreram nos preços da erva-doce (32,6%), repolho (30,4%) e escarola (6,2%).
Já o setor de diversos registrou alta de 7,92%. Os principais aumentos ficaram por conta de batata asterix (30,6%), batata lavada (25,5%), cebola (13,4%) e ovos vermelhos (6,9%) e brancos (6,6%). As principais baixas ocorreram com alho (-5,5%) e canjica (-1,1%).
saiba mais
Pressão por alimentos mais saudáveis fortalece uso de produtos biológicos no campo
Por fim, o setor de pescados apresentou alta de 0,59%. As principais variações positivas foram nos preços da pescada (23,5%), da pescada tortinha (15,4%), do polvo (13,6%), da anchova (11,9%) e do cascote (11,2%). As maiores baixas ocorreram com salmão (-16,9%), namorado (-9,8%), betara (-3,9%) e cavalinha (-3,5%).
Source: Rural