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(Foto: Paulo Rossi/Ed. Globo)

 

Com preços em patamares recordes, o arroz brasileiro pode enfrentar problemas na demanda interna após o fim da pandemia de Covid-19. Segundo relatório do Cepea, o crescimento pontual do consumo em março e abril, provocado pela corrida da população aos supermercados, causou aumento de estoques no varejo e entre os consumidores.

Em abril, o indicador Esalq/Senar-RS para o arroz em casca atingiu seu recorde nominal, cotado a R$ 54,91 a saca de 50 quilos na média parcial do mês até o dia 28 – valorização de 31% ante abril do ano passado.

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“O fato é que, desde março, consumidores do produto beneficiado passaram a adquirir volumes maiores, forçando o varejo a se abastecer do atacado e, por sua vez, dos engenhos beneficiadores. Em alguns casos, agentes apontaram vendas sendo triplicadas no período, com o atacado e varejo visando formar estoques”, destaca o Centro de Estudos, em nota.

Além da demanda interna, o cenário internacional favorável às exportações e as dificuldades logísticas provocadas pela pandemia são fatores adicionais para a valorização do produto.

Frete

 

De acordo com o Cepea, as empresas têm relatado aumento no custo com frete para Estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro devido à menor disponibilidade de frete de retorno de produtos enviados ao Rio Grande do Sul, principal produtor nacional de arroz.

“De modo geral, beneficiadoras consultadas pelo Cepea reportaram que arcaram com maior valor de frete para que os caminhões retornassem vazios, no intuito de realizarem novos carregamentos na origem”, afirma o Cepea.
Source: Rural

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