A inauguração do escritório aconteceu durante a Gulfood, uma das maiores feiras de alimentos e bebidas do mundo (Foto: Divulgação/Gulfood)
A Câmara Árabe-Brasileira, que reúne empresas brasileiras exportadoras para os países árabes, acaba de abrir seu primeiro escritório fora do Brasil, em Dubai, nos Emirados Árabes. A inauguração aconteceu na última terça (19/2) durante a Gulfood, uma das maiores feiras de alimentos e bebidas do mundo, que segue até quinta (21/2), e contou com a presença do presidente da Câmara, Rubens Hannun.
“Os países árabes representam ótimas oportunidades de negócios para o Brasil”, afirma Hannun. “O escritório vai facilitar a interação com os importadores e governos locais, além de servir de vitrine para diversos produtos brasileiros”, diz. Faz parte dos planos da entidade promover degustação de alimentos e encontros com diversos players do mercado na filial nos Emirados Árabes. O país é considerado um entreposto de exportações para vários países da região.
No ano passado, o Brasil exportou US$ 8,1 bilhões em produtos do agronegócio para o mundo árabe, com destaque para a Arábia Saudita (US$ 1,7 bilhão), Egito (US$ 1,4 bilhão), Emirados Árabes (US$ 1,2 bilhão) e Argélia (US$ 943 milhões). A expectativa é que as exportações sigam uma trajetória ascendente. Embora questões relativas à adulteração da carne brasileira tenham causado impacto nos resultados das vendas externas em 2018, em janeiro deste ano já houve uma recuperação.
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Apenas para os Emirados Árabes, as exportações atingiram US$ 344,5 milhões no primeiro mês do ano, o dobro de janeiro de 2018. Foram registrados aumentos também em relação às vendas para o Iraque — US$ 49 milhões, quase o triplo do mesmo período de 2018 –, Catar e outros países da região. “O crescimento populacional, a maior demanda por alimentos e a expansão da renda deverá fortalecer a relação comercial dos países árabes com o Brasil”, diz Hannun.
A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) também revelou planos de abrir um escritório em Dubai este ano. “O intuito é otimizar as oportunidades de negócios na região e estimular a internacionalização do frango brasileiro, um dos principais produtos da nossa pauta de exportações”, explica Francisco Turra, presidente da ABPA. A Arábia Saudita e a China são os principais destinos internacionais do frango produzido no Brasil, seguidos pelo Japão e os Emirados Árabes. Em 2018, as exportações somaram US$ 5,88 bilhões. “O Golfo Pérsico e os países árabes em geral devem continuar com a demanda em alta”, acredita.
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Source: Rural