Maior parte das propriedades rurais de leite do Brasil possuem áreas de até 50 hectares. (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que o Ministério da Agricultura e o Ministério da Economia estão estudando medidas para minimizar impactos negativos para a produção nacional da decisão de acabar com a taxa antidumping sobre leite em pó importado da União Europeia e da Nova Zelândia.
Segundo a pasta, na quinta-feira (7/2), à noite, foi realizada "longa reunião com a equipe econômica do governo para buscar a solução do problema". Na manhã de sexta-feira, outra reunião no Ministério da Agricultura discutiu medidas "que permitam reestruturar o setor como um todo, e dar a ele melhores condições de competição no mercado internacional".
+ CNA pede compensação por fim de tarifa
+ Bancada ruralista critica fim de cobrança de taxa antidumping
O ministério disse que se trata de um dos setores mais inclusivos do agronegócio em que pequenas propriedades rurais, com área de até 50 hectares, são responsáveis por 51% do leite líquido comercializado no campo.
"O antidumping, que vigorava desde 2001, foi, sem dúvida, eficaz e decisivo, à época, para a rentabilidade do setor e permitiu a manutenção dos produtores rurais na atividade. Antes da implementação da medida, os preços pagos aos produtores de leite estavam em queda. Com a medida, houve melhora dos valores recebidos pelos bovinocultores de leite", informou na nota.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais, Orlando Leite Ribeiro, disse que o ministério entende os motivos que levaram à decisão, "mas considera que este não era o melhor momento para adotar a medida, porque o setor de leite, que é protegido no mundo todo, já vinha enfrentando problemas desde o meio do ano passado, devido ao fim de um acordo entre privados com a Argentina relativo à importação de leite em pó".
Source: Rural