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(Ilustração: Bárbara Malagoli)

 

Um bom chefe de cozinha é aquele que acompanha todo o processo: escolhe o alimento com rigor, limpa, prepara, experimenta. O toque final fica por conta de cada um, é muito particular, mas o resultado tem sempre de ser bom, excelente. “A receita de um macarrão à bolonhesa parece simples, mas guarda segredos”, revela Luiz Pretti, presidente da Cargill no Brasil e, nas horas vagas, cozinheiro de mão cheia, desses que vão da massa ao peixe num piscar de olhos.

“Eu pesco, limpo, tiro a espinha e preparo”, diz. Tanto na cozinha como à frente da multinacional no Brasil, cargo que ocupa há seis anos, ele segue o mesmo ritual: acompanha cada movimentação pensando no resultado. E a Cargill apresenta “deliciosos” números. No último ano, cresceu 6% no Brasil, com uma receita líquida de R$ 34,2 bilhões, e seu lucro líquido chegou a R$ 532 milhões. Em dois segmentos (Nutrição Animal e Indústria de Soja e Óleos) alcançou também os melhores desempenhos e foi eleita a Campeã das Campeãs do Melhores do Agronegócio.

 

O sucesso da Cargill deve-se à habilidade estratégica de Luiz Pretti, que está comandando uma pegada de investimentos vultosa no Brasil, mesmo diante de um cenário incerto e economicamente crítico. O foco, segundo ele, que migrou do mercado financeiro para o agronegócio, é investir e planejar olhando sempre para o futuro, já que a demanda por alimentos, no mundo inteiro, só aumenta. “Estamos vivenciando no Brasil um período crítico, mas a demanda por alimentos está crescendo. Não vamos ficar parados aguardando esse momento passar. Nosso foco é o consumidor, o agricultor e tudo o que liga um ao outro.”

Nos últimos seis anos, a multinacional investiu R$ 4,7 bilhões no mercado brasileiro. Só no ano passado, foram R$ 730 milhões – R$ 550 milhões numa fábrica de pectina e o restante, em pesquisas e desenvolvimento de soluções inteligentes, como embalagens e produtos, tecnologia, inovação, sustentabilidade, alimentos mais saudáveis e logística, segmento fundamental para a Cargill. Já 2018 deve encerrar com investimentos da ordem de R$ 400 milhões. “O cenário econômico não ajudou, houve um aumento no custo da logística, mas o clima colaborou, tivemos uma safra excelente”, diz Luiz, que não vai desacelerar por aqui.

No ano passado, a safra (de 240 milhões de toneladas de grãos) fez as exportações da Cargill alavancou (70% dos negócios da multinacional são voltados à exportação) ao mesmo tempo em que o mercado interno começou a desenhar um novo cenário.

“O segmento de food service está ganhando força. O consumidor agora tem a pegada de chefe de cozinha, influenciado pelos programas de televisão. O brasileiro quer cozinhar e está comprando mais e melhor”, diz.

Segundo Luiz, o segmento de food service é liderado pelas vendas de óleos vegetais (o campeão da Cargill é o óleo Liza) e produtos atomatados, como o Elefante.

Leia a reportagem completa no 14º Anuário do Agronegócio Globo Rural, disponível nas bancas e no Globo +.

 

 
Source: Rural

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