Espécies como tilápia, tambaqui, pacu, tambacu, pirapitinga e tambatinga, mostram o potencial de produção da pisicultura no país (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) recomenda o consumo de 12 kg de peixes por ano, mas no Brasil a ingestão média está aquém disso. O brasileiro come cerca de 9,5 kg — bem abaixo também da média mundial, que é superior a 20 kg por habitante ao ano. “Precisamos impulsionar o consumo no Brasil. Trata-se de um alimento rico e extremamente saudável”, afirma Francisco Medeiros, presidente executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR).
Para Medeiros, é preciso valorizar os peixes de cultivo, como tilápia, tambaqui, pacu, tambacu, pirapitinga e tambatinga, que são espécies que mostram o potencial de produção da pisicultura no país. O executivo também destaca que do consumo per capita atual, apenas um terço é de peixes cultivados no Brasil, pois a maior parte da importação ainda é de peixe de cultivo de outros países, como o panga e salmão.
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A entidade e seus mais de 100 associados estão lançando uma campanha nacional como parte da ação “Semana do Peixe”, que vai até o final de setembro. O objetivo é levar mais informações sobre os peixes de cultivo do Brasil para os consumidores e, assim, contribuir para o aumento do consumo. Serão realizadas ações para sensibilizar e engajar os agentes da cadeia produtiva, como produtores, indústrias, varejistas, restaurantes e food service.
Em 2017, a produção nacional de peixes de consumo atingiu 691.700 toneladas, sendo 51,7% de tilápia (357.639 t), 43,7% de peixes nativos (302.235 t) e 4,6% (31.825 t) de carpas e trutas, segundo a PEIXE BR. “A cadeia da piscicultura está em formação, mas já é representativa. São mais de 1 milhão de empregos diretos gerados em todo o Brasil. E estamos presentes em todos os estados. Crescemos a taxas médias de 10% ao ano na última década e temos potencial para crescer em ritmo ainda superior”, ressalta o presidente da entidade.
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Source: Rural