Açúcar brasileiro enfrenta barreiras comerciais (Foto: Ersu/CCommons)
Os preços internacionais de açúcar, referenciados na Bolsa de Nova York, devem começar a se recuperar a partir do início do ano que vem, espera o diretor da Região Brasil da Tereos, Jacyr Costa Filho. Segundo ele, os atuais valores devem desestimular o plantio de matérias-primas, como cana e beterraba, em alguns dos principais mercados globais. A consequência seria uma menor oferta, dando suporte às cotações.
“O plantio deve ser menor e o mercado costuma antecipar os cenários. Na hora que o mercado perceber que a oferta será menor, o preço sobe”, disse o executivo, em conversa com jornalistas durante o Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e pela B3, em São Paulo (SP), nesta segunda-feira (6/8).
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Além de um mercado em baixa, o açúcar brasileiro enfrenta barreiras comerciais, como a salvaguarda importa pela China, de 95% sobre o valor da carga, sob a alegação de prejuízos ao mercado local. Recentemente, durante a reunião dos Brics (grupo formado por Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul), o presidente Michel Temer conversou sobre o assunto com o presidente chinês Xi Jinping. Em entrevista recente, o embaixador do país asiático no território brasileiro disse que há disposição de negociar.
Questionado sobre o assunto, o diretor da Região Brasil da Tereos, Jacyr Costa Filho, que também preside o Conselho Superior de Agronegócio da Fiesp (Cosag), disse ter ouvido do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, que as negociações estão em andamento. Enquanto a situação não se resolve, ele pontuou que a China estendeu a salvaguarda a outros países, o que reduz o impacto sobre as vendas do Brasil. “Essa extensão das salvaguardas acaba nos beneficiando” ressaltou.
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Source: Rural