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Ponto de descarga de fertilizantes no Porto de Paranaguá, no Paraná. Terminal recebe a maior parte do adubo importado pelo Brasil (Foto: Manoel Marques/Ed. Globo)

 

O aumento no custo do transporte de fertilizantes está limitando as entregas e levando ao acúmulo de produto nos armazéns dos portos brasileiros. É a avaliação divulgada, nesta terça-feira (10/7) pela consultoria INTL FCStone, para quem a incerteza relacionada ao preço mínimo do frete rodoviário está causando uma “bagunça” na logística desse insumo para a produção agrícola.

De acordo com a consultoria, as perdas são causadas por duas situações. A primeira é a pequena quantidade de caminhões disponíveis. Como há pouco movimento de cargas agrícolas para os portos, o frete de retorno, que leva o fertilizante para as áreas rurais do país, também fica limitado. A falta de produto, por sua vez, limita as compras dos produtores.

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A segunda situação ocorre nos terminais portuários. Sem o fluxo de carga, os armazéns nos portos ficam cheios. Navios que precisam descarregar fertilizante ficam mais temo na espera. A consequência é o aumento no custo com o chamado demurrage, a multa paga quando a embarcação fica parada por tempo maior que o contratado.

“Para o cloreto de potássio (KCl), o fertilizante mais demandado por importadores brasileiros, o demurrage médio de junho/18 atingiu US$ 7,56/t, um crescimento de US$ 4,82/t em relação ao mesmo período de 2017”, diz o analista da INTL FCStone Rezende.

Segundo ele, em Paranaguá, por onde chegam mais de 40% dos fertilizantes importados pelo Brasil, o tempo médio de espera para atracação dos navios está em 17 dias. “O avanço do custo de demurrage se junta aos preços mais elevados dos fertilizantes no mercado internacional, ao dólar mais valorizado e aos fretes mais altos“, diz.
Source: Rural

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