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A cebola atingiu máxima de 25% na Ceasa/ES e 24% no Entreposto de SP (Ceagesp) (Foto: Thinkstock)

 

O problema de abastecimento provocado pela paralisação dos caminhoneiros, no mês passado, fez com que os consumidores fossem prejudicados pela baixa oferta de produtos hortigranjeiros e pelas grandes oscilações de preços. Cebola e batata apresentaram aumento em todos os mercados atacadistas, analisados no 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) nas Ceasas, divulgado nesta terça-feira (19) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Conforme o estudo, a batata ficou cerca de 76% mais cara na Ceasa/RJ, enquanto o produto deve alta de 10% na Ceasa/Minas. A cebola atingiu máxima de 25% na Ceasa/ES e 24% no Entreposto de SP, da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).

A Conab acrescenta que nos mercados atacadistas a entrada de alguns hortigranjeiros foi tão pequena ou inexistente que a Ceasa paralisou a realização da pesquisa de preço, como foi o caso do Ceagesp – São Paulo.

Para as três outras hortaliças analisadas, o tomate, a cenoura e a alface não ocorreu uniformidade de preço. No caso do tomate, as cotações ficaram na dependência da oferta das regiões produtoras próximas aos centros consumidores. De acordo com a Conab, a tendência dos preços do tomate para junho é de baixa, com a intensificação da safra de inverno.

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Para a cenoura, os técnicos da Conab ressaltam que a diminuição da colheita ou o fim dela pela impossibilidade de a produção chegar ao consumidor final, ocasionou o aumento do tamanho da cenoura no mercado.

No caso da alface, os aumentos de preços foram mais Sensíveis. Em alguns mercados atacadistas a pesquisa de preço foi interrompida pela escassez do produto ou mesmo pela sua inexistência. Segundo a Conab, a tendência do preço é de baixa em junho, com a regularidade de oferta e a diminuição do consumo com as baixas temperaturas.

A Conab salienta que essas cinco hortaliças (tomate, cenoura, batata, cebola e alface) são as com maior representatividade na comercialização nas Ceasas e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).

Frutas

No segmento de frutas, o estudo também considerou os alimentos com maior participação na comercialização e no cálculo da inflação (banana, laranja, maçã, mamão e melancia).De acordo com a Conab, banana, laranja e mamão tiveram movimento de preço similar: queda de preços e de comercialização na maioria das centrais de abastecimento.

De acordo com a Conab, a diminuição na oferta dos produtos pode estar associada a greve dos caminhoneiros ocorrida durante o mês que tornou inviável o transporte das frutas das regiões produtoras aos mercados de abastecimento. Além disso, alguns produtores optaram por interromper a colheita, no intuito de evitar prejuízos. Já o decréscimo de preços está associado à necessidade de comercialização célere do produto, de maneira que seus estoques foram vendidos ao mesmo ou menor nível de preços dos valores anteriores.

A vilã mesmo neste levantamento foi a melancia, campeã no quesito elevação de preços com aumento na Ceasa/ES (75%), na Ceasa/Minas (60%), Ceasa/RJ (33%), Ceasa/GO (30%), Ceagesp (19%) e Ceasa/PE (7%). A melancia apresentou alta de preços, em virtude, dentre outros fatores, da diminuição da oferta vinda de Uruana (GO) e da finalização da safrinha no interior de São Paulo.

Em maio, as variações de preço da maçã não foram muito significativas, oscilando de 4,02% na Ceasa de Goiânia/GO a 5,80% na Ceasa do Rio/RJ.

O boletim é feito mensalmente pelo Prohort da Conab, a partir de informações fornecidas espontaneamente por grandes mercados atacadistas do País. Para esta edição, foram considerados os entrepostos dos Estados de SP, MG, RJ, ES, CE, PE, GO e DF.
Source: Rural

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