O poder de compra de fertilizantes pelos agricultores brasileiros aumentou em maio, com uma redução do preço médio dos adubos, apontou nesta sexta-feira o índice IPCF, elaborado pela Mosaic, umas das maiores companhias do setor. Os preços dos fertilizantes, contudo, ainda estão em níveis historicamente elevados, exigindo maiores gastos pelos produtores. O índice fechou o mês passado em 1,75, versus 1,87 em abril e ante 0,82 em maio de 2021.
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Uma relação menor que 1,0 indica que os fertilizantes estão mais acessíveis aos agricultores, e maior que 1,00, menos. Em nota, a Mosaic citou incertezas de abastecimento devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia, sanções do Ocidente aplicadas ao importante produtor Belarus e restrições de fornecimento de fertilizante chinês.
Diante disso, o setor tem acelerado importações para garantir ofertas para a nova safra 2022/23 de grãos, e os desembarques no Brasil subiram 56,7% em maio, para mais de 4 milhões de toneladas.
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O IPCF é divulgado mensalmente e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas. O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, algodão e cana.
A Mosaic ainda citou a desvalorização da moeda brasileira e que o ambiente geopolítico segue incerto, causando preocupação em toda a cadeia, não só no mercado de fertilizantes, mas também nas matérias-primas que compõem os mesmos.
Trabalhador em terminal de exportação de fertilizantes na China (Foto: Reuters)
Source: Rural