Dobrar de 500 para 1.000 o número de pontos de venda de seus produtos até o final do ano e ampliar em 136% o volume de vendas de seu carro-chefe, a brachiaria híbrida Mavuno. Esse é o objetivo da Wolf Sementes, líder no mercado de híbridos de pastagem com cerca de 40% de market share e uma das principais empresas do segmento de sementes de forrageiras e leguminosas do país.
Pastagem com brachiaria híbrida Mavuno (Foto: Divulgação)
O CEO da empresa sediada em Ribeirão Preto (SP), o holandês Alex Wolf, que mora no Brasil há 19 anos, diz que o uso intensivo de tecnologia para aumentar a produtividade na pecuária tropical é a principal bandeira da Wolf Sementes. Ele acredita no potencial do híbrido Mavuno, palavra que significa “boa colheita” na língua africana suaíli, para promover uma revolução produtiva na pecuária.
A estratégia para promover o produto é mostrar que a rentabilidade é superior à das brachiarias convencionais. Segundo a empresa, Mavuno é o resultado do melhoramento genético de diferentes linhagens, uma delas identificada no sul do Sudão. Foram 18 anos de pesquisa até chegar a resultados de produtividade, rusticidade e alto teor nutricional.
Na comparação das áreas de pesquisas controladas com os pastos comerciais de clientes, monitorados pela equipe de campo da Wolf, o híbrido apresentou 21% de proteína bruta e produção de massa verde até 50% superior às brachiarias convencionais.
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“O uso do Mavuno permite mais animais por hectare e mais produção de carne e leite. O híbrido tem raízes que chegam a 4 metros de profundidade, enquanto as pastagens convencionais só atingem um metro. Mavuno mostrou ainda mais resistência à seca e ao frio. Temos mais de 20 mil clientes no Brasil e no mundo usando o produto e atestando sua alta produtividade”, disse o CEO.
O preço da semente híbrida, que é multiplicada em campos de parceiros na Bahia, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e São Paulo e forma pastagens em todo o país, é de 20% a 30% maior que as forragens convencionais.
Wolf admite que o preço subiu nos dois últimos anos devido aos aumentos do custo de produção, mas afirma que o desenvolvimento das sementes híbridas para pastagem no país, que não têm nada de transgênico, está avançando nos últimos anos.
“No desenvolvimento da pecuária, olharam muito para a genética dos animais e para a ração, esquecendo do básico, que é o investimento em pastagens para uma produção mais sustentável. Os híbridos estão mudando isso.”
Vendas digitais
Além de maior comercialização nos balcões das revendas agropecuárias e nas cooperativas, a Wolf também pretende ampliar em 50% as vendas por plataformas digitais em seu e-commerce próprio e em marketplaces. “Nosso plano é estar presente nos principais canais de venda, offline e online. Hoje, o pecuarista também busca inovação e praticidade e compra as suas sementes direto no celular, muitas vezes até à noite ou de madrugada.”
A Wolf Sementes, nascida da aquisição da empresa Semente Naterra, está há 47 anos no mercado de forrageiras e leguminosas, tem um portfólio de 40 itens, incluindo produtos biológicos, e exporta para 65 países da América do Sul, América Central, Ásia e África.
A empresa não divulga faturamento nem valor de investimentos, mas Wolf diz que o mercado interno representa 70% das vendas e projeta um crescimento de 40% nas vendas neste ano safra, que vai de maio de 2022 a abril de 2023.
Source: Rural