Após um outono de chuva e frio extremo, o inverno começa com temperaturas abaixo da média climatológica. Isso acontece, principalmente por estarmos sob o efeito do fenômeno La Niña. "Estamos indo para o terceiro ano consecutivo de La Niña, que inclusive pode prejudicar a próxima safra 2022/2023. A previsão para o inverno é uma atmosfera fria com alguns eventos de frio extremo novamente", afirma Willians Bini, meteorologista da Climatempo.
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Primeira semana do inverno já evidencia tendência de tempo seco da estação (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)
A primeira semana da nova estação será marcada pelo tempo seco em grande parte do Brasil. A massa de ar seco que já atuava em parte do Centro-Oeste se expande e impede a ocorrência de chuva no Sudeste, grande parte do Paraná, no sul da Amazônia e em parte do interior do Nordeste.
"Com isso, a expectativa é que até a sexta-feira (24/6), todas essas áreas fiquem secas, ensolaradas e com temperaturas elevadas no período da tarde. A população deve se atentar aos índices de umidade relativa do ar que devem ficar muito abaixo do ideal para a saúde,", alerta a Climatempo.
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Com a influência do La Niña, a redução de chuvas vai agravar o tempo seco, principalmente no Sul. Sudeste e Centro-Oeste também terão reflexos na umidade relativa do ar ao longo da estação. Em geral, as tardes devem registrar umidade relativa abaixo dos 30% nas regiões citadas, o que já é considerado estado de atenção.
Porém, regiões como o Triângulo Mineiro, parte do oeste de Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, norte paulista, parte de Mato Grosso e até Mato Grosso do Sul podem marcar valores abaixo dos 20%. "Esse percentual é considerado estado de alerta, já que a Organização Mundial da Saúde recomenda valores mínimos de 60% para o conforto humano".
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Já para a próxima semana, há um novo sistema de ar frio previsto para o Brasil. No final de junho, a partir do dia 28, "outra massa de ar frio vai avançar em direção ao Sul e Sudeste, e deve derruba mais uma vez as temperaturas", causando frio significativo, porém incapazes de prejudicar áreas produtoras do Sul e Sudeste, completa o meteorologista da Climatempo.
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Source: Rural